Política

Sérgio Moro participa de live sobre corrupção em faculdade do ES

Moro debate o papel da iniciativa privada em posturas anticorrupção durante encontro acadêmico que também convida o ex-presidente do STF, Ayres Britto

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Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, participa de live da Faculdade de Direito de Vitória 

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, participa de uma live sobre corrupção e garantias fundamentais nesta quinta-feira (12), às 9h, dentro do evento online “Direito e Atualidades”, organizado pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). 

Quem também participa são o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto e os professores da FDV Marcelo Zenkner e Américo Bedê. A conversa dos especialistas abre o segundo semestre da instituição. 

O quarteto vai se dividir em dois painéis. No primeiro painel, às 9h, Moro e Zenkner debatem o tema “O papel do setor privado no combate à corrupção”. No segundo momento, às 19h, Britto e Bedê abordam o painel “Os direitos e as garantias fundamentais como um dos conteúdos diretamente constitucionais da democracia”.

O evento é aberto ao público em geral. A organização reforça que o debate terá cunho exclusivamente de debate acadêmico. As inscrições podem ser feitas somente nesta quarta-feira (11) pelo site http://direitoeatualidades.fdv.br/. Todos que desejarem receberão certificados de participação.

Quem é Sérgio Moro

Jurista, ex-magistrado e professor universitário. Moro foi juiz federal, professor de Direito Processual penal na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Atua como advogado e, desde o final de 2020, é consultor na empresa americana de consultoria Alvarez & Marsal. 

Moro ganhou notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na “Operação Lava Jato” que, segundo o Ministério Público Federal, foi o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no Brasil, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas, como a Petrobras, a Odebrecht, entre outras. Em 2017, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a decisão foi anulada pelo STF em 2021.

Em novembro de 2018, aceitou ser titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo do então presidente eleito Jair Bolsonaro, tendo pedido exoneração da magistratura. Em 20 de novembro de 2018, foi nomeado Coordenador do Grupo Técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção do Gabinete de Transição Governamental e tomou posse como ministro em 1° de janeiro de 2019. O Ministério da Justiça acumulou responsabilidades do Ministério do Trabalho. Em 24 de abril de 2020, Moro pediu demissão em entrevista coletiva após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal pelo presidente.

Sua atuação na condução da Lava Jato rendeu-lhe prêmios e críticas. Após o vazamento de mensagens trocadas entre o até então juiz e os procuradores da Operação Lava Jato, a quantidade de apoiadores tem caído enormemente. No dia 23 de março de 2021, em julgamento de um habeas corpus, a segunda turma do STF considerou que Moro agiu com parcialidade em relação ao ex-presidente Lula e anulou seus atos no processo, declarando a suspeição do ex-magistrado.