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Rússia ameaça cortar gás se Ucrânia não pagar dívida

Rússia ameaça cortar gás se Ucrânia não pagar dívida Rússia ameaça cortar gás se Ucrânia não pagar dívida Rússia ameaça cortar gás se Ucrânia não pagar dívida Rússia ameaça cortar gás se Ucrânia não pagar dívida

Bruxelas – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu que o fornecimento de gás russo para a Ucrânia pode ser cortado a menos que Kiev pague suas dívidas, uma iniciativa que, segundo ele, pode colocar em risco as entregas de gás para a Europa. Em carta aos líderes europeus, Putin afirmou que a Ucrânia precisa imediatamente lidar com suas dívidas crescentes com a estatal de gás russa Gazprom ou arrisca a interrupção do fornecimento “total ou parcial”.

O presidente afirmou que a Gazprom tinha direito, nos termos do contrato assinado com a Ucrânia, a forçar o país vizinho a pagar antecipadamente pelo abastecimento de gás, embora a carta não tenha dito se ou quando a companhia recorreria a esse movimento. “Em caso de mais violações das condições de pagamento, [Gazprom] irá cessar total ou parcialmente as entregas de gás”, disse Putin. Esta é a primeira vez que o Kremlin faz uma ameaça tão explícita de cortar o fornecimento de gás. A carta marca um aumento nas tensões entre Moscou e Kiev.

Putin disse que negociações devem ser realizadas “sem demora” para estabilizar a economia da Ucrânia e garantir a entrega de gás natural. “Sem dúvida, essa é uma medida extrema. Estamos plenamente cientes que isso aumenta o risco de desviar o gás natural que passa pelo território da Ucrânia a caminho dos consumidores europeus”, conforme o documento.

O presidente assinalou ainda que esse movimento também “torna mais difícil para a Ucrânia acumular reservas de gás suficientes para utilização no período de outono e inverno”. A Ucrânia é a principal rota de trânsito para o gás russo fornecido à União Europeia. Cerca de 30% do gás consumido pelos europeus é suprido por Moscou. A carta foi enviada pelo Kremlin aos 18 países europeus que recebem gás russo, incluindo Alemanha, França, Polônia e Hungria. Fonte: Dow Jones Newswires.