Política

TSE nega recurso de defesa de Dilma que pedia perícia complementar

TSE nega recurso de defesa de Dilma que pedia perícia complementar TSE nega recurso de defesa de Dilma que pedia perícia complementar TSE nega recurso de defesa de Dilma que pedia perícia complementar TSE nega recurso de defesa de Dilma que pedia perícia complementar

Brasília – Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (26) negar um recurso apresentado pela defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, que pedia a realização de uma perícia complementar em empresas contratadas pela vitoriosa campanha que reelegeu a petista em 2014.

O plenário do TSE manteve a decisão do ministro Herman Benjamin, relator das ações que pedem a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer. O ministro, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral, já havia negado o pedido da petista no dia 7 de outubro.

Segundo Benjamin, a defesa de Dilma solicitava uma perícia complementar em cerca de 8 mil documentos. O relator destacou que entre esses documentos, “havia de tudo”, como fotografias que se referem às eleições de 2010 – e não a de 2014, alvo das ações -, imagens de material publicitário de outros candidatos e até fotografias que não comprovam o funcionamento de empresas contratadas pela campanha.

“Quando nós formos julgar essa matéria, qualquer um dos juízes poderá analisar esses elementos, e as próprias partes podem indicar ‘veja documento número tal’. O que estamos deliberando é que essa perícia complementar não será feita com base nesses documentos”, ressaltou Benjamin.

O laudo do TSE apontou uma série de irregularidades após analisar documentos relativos às empresas a Focal, VTPB e a Red Seg Gráfica e registrou não ser possível afastar “desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha”.

Na semana passada, Benjamin determinou a criação de uma força-tarefa para se debruçar sobre documentos da investigação sobre a campanha que elegeu a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer. Benjamin quer a atuação do Banco Central, Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em parceria com a Justiça Eleitoral.

O grupo ficará responsável por analisar os dados obtidos através da quebra de sigilo bancário das gráficas Focal, RedeSeg e VTPB, fornecedoras da campanha que elegeu Dilma e Temer.

O coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flavio Caetano, já classificou como “absolutamente contraditórias e inconsistentes” as conclusões da perícia realizada pelo TSE nas gráficas que prestaram serviços durante a eleição de 2014 para a chapa da petista. (Rafael Moraes Moura)