Imagem: Freepik
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Essa é uma rotina no consultório do gastroenterologista. Após o diagnóstico estabelecido e toda a explicação sobre o risco da patologia, uma das 3 primeiras perguntas do paciente será: “Mas doutor, o que posso ou não comer?”

A cada novo artigo científico temos mais certeza do que não podemos comer, os alimentos ultraprocessados. Comida ultraprocessada é aquela que recebeu algum aditivo sensorial para melhorar textura, sabor ou aparência. Isso possibilita à indústria processar alimentos/cereais mais baratos, culminando em características finais mais próximas ao desejo do consumidor.

Muitas vezes entregando produtos muito palatáveis, induzindo ao consumo repetitivo a despeito de alimentos tradicionais. Em países desenvolvidos, 50% das refeições levam alimentos processados.

Efeitos dos alimentos ultraprocessados

A lista de possíveis efeitos deletérios é longa:

  • Aumento da mortalidade;
  • Diabetes tipo II;
  • Aumento da obesidade;
  • Eventos cardíacos;
  • Eventos psiquiátricos;
  • Inflamação intestinal.

Além disso, o risco aumentado de tumores pode chegar até a 20%, como nos casos de neoplasias do sistema nervoso. Já no caso da ansiedade chega a 48% mais chances em quem tem alimentação rica em alimentos ultraprocessados.

Aumento de 1,5x risco de obesidade

Esses tipos de alimentos contribuem em muito para o aumento do peso da população. Hoje estima-se que 2 Bi de pessoas convivem com o sobrepeso e 650 Mi com obesidade. Há 40 anos eram apenas 105 Mi (6x menos). A dieta rica em alimentos ultraprocessados 1,5x o risco de obesidade.

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Ao separar pacientes com ingestão rica de produtos industrializados dos com baixa ingestão, percebe-se um aumento na mortalidade em 4% geral e 9% quando analisa-se apenas as mortes por tumor ou doenças cardíacas.

Por fim, fica claro que o primeiro passo para uma alimentação saudável é dieta sem alimentos processados.