Saúde

Distúrbios mentais podem ser causados por falta de sono, diz especialista

O Dia Internacional do Sono é comemorado no dia 15 de março. A data alerta para as consequências negativas de noites mal dormidas, que resultam na diminuição do desempenho e podem levar a diversas doenças

Foto: Pixabay

O Dia Mundial do Sono é celebrado internacionalmente como forma de conscientizar a população sobre a importância em ter uma noite de sono ininterrupta e de qualidade, bem como as consequências nocivas para aqueles que sofrem de privação do sono a longo prazo. Neste ano, o slogan da Campanha é “Sono Saudável, Envelhecimento Saudável”, já que o sono sadio é um dos principais pilares para a manutenção da boa saúde e, quando ele é ruim, a qualidade de vida fica prejudicada.

De acordo com a Sociedade Mundial do Sono, cerca de 45% da população mundial registra algum problema para dormir. “As pessoas precisam saber que existem diversos tipos de distúrbios do sono, mas o principal é que podemos atuar na prevenção, no diagnóstico e no tratamento, basta que os portadores destes distúrbios procurem por ajuda especializada”, alerta o Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Dr. Fabio Lorenzetti.

Segundo o especialista, a privação de sono, quando ocorre de maneira rotineira, pode causar fadiga, diminuição dos reflexos, sonolência diurna, queda da imunidade, dificuldade de concentração, problemas de memória e ganho de peso. “A longo prazo, este sono insuficiente pode ocasionar graves distúrbios mentais, dificuldade em formar frases e perda do foco de atenção. Outros possíveis efeitos de noites mal dormidas são: problemas crônicos de pele; apetite aumentado, principalmente para refeições calóricas; menor propensão a convívio social; atraso nos horários de atividades; entre outros”, revela.

De acordo com Lorenzetti, algumas medidas simples são indicadas para minimizar o risco de o indivíduo sofrer com problemas relacionados ao sono. “Estabeleça uma rotina de horários regulares, para dormir e acordar; pratique atividades físicas, preferencialmente pela manhã; evite ingerir bebidas que contenham cafeína no período da noite; mantenha o ambiente em silêncio, confortável e com baixa luminosidade; evite o consumo de álcool e o tabagismo; controle seu peso e tenha uma dieta balanceada. Se, mesmo assim, não conseguir atingir boas noites de sono, o mais indicado é procurar um especialista para avaliação detalhada, diagnóstico e tratamento adequados”, afirma o Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Por fim, o especialista ressalta ainda que o sono ruim pode acelerar o envelhecimento do indivíduo. “Pelo menos um terço da população pode apresentar distúrbios respiratórios noturnos, como ronco e apneia do sono, que podem acarretar outros problemas de saúde e o otorrinolaringologista é um dos especialistas aptos a tratar desses distúrbios”.

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