Saúde

Incontinência urinária? É possível prevenir! Veja como!

Problema atinge 1 a cada 3 mulheres, 1 a cada 5 homens e mais de 40% dos idosos.

Foto: Divulgação
Problema pode ser prevenido com exercícios pélvicos. 

Mulheres, homens, crianças e idosos sofrem de incontinência urinária, um problema que pode ser prevenido e tratado com diferentes abordagens, desde medicamentos, cirurgias e também com um tratamento bem menos invasivo considerado como primeira opção desde que bem indicado: os exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

Infelizmente muitas pessoas ficam no silencio e não procuram tratamento. “Há um tabu porque a região pélvica é uma região íntima, mas que necessita de cuidados com qualquer outra região do corpo”, aponta Maura Seleme, fisioterapeuta pélvica internacional. 

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A incontinência urinária atinge 1 a cada 3 mulheres, 1 a cada 5 homens e mais de 40% dos idosos (homens e mulheres acima dos 60 anos). No universo esportivo também há um sinal de alerta para essa questão, visto que aumenta cada vez mais o número de praticantes de atividades físicas no Brasil e no mundo, sem a conscientização adequada da contração correta durante as atividades físicas. O distúrbio mais comum na criança é a incoordenação da musculatura levando a perda de urina em diversas situações, e a enurese que se caracteriza por controle inadequado da micção e perda de urina principalmente durante a noite.

Segundo ela, além do tabu, a falta de informação e a falta da conscientização de muitos dos profissionais da área da saúde são outras barreiras que impede que muitas pessoas recebam informações e tratamentos adequados a tempo. “Poderia ser facilmente evitado ou tratado com os exercícios, consciência da musculatura pélvica nas diversas atividades do dia a dia e esportivas”, afirma a fisioterapeuta, lembrando que o ideal é iniciar a prevenção ainda na infância.

Maura ressalta que a incontinência urinária pode trazer problemas psicológicos e sociais, como diminuição da autoestima, queda no rendimento profissional e dificuldades de relacionamento conjugal e sexual. A incontinência urinária também é considerada o primeiro fator de exclusão de idosos do convívio familiar, e causa de queda e fratura de colo de fêmur no idoso.

Para a fisioterapia o exercício pode ser um dos tratamentos mais facilmente indicado por ser menos invasivo, não apresentar efeitos colaterais, não impedir outros tratamentos subsequentes, além de ser de fácil acesso a toda a população. "O tratamento é simples e envolve exercícios que foram comprovados cientificamente e que podem ser feitos facilmente por qualquer pessoa, em qualquer lugar e não tomam mais de cinco minutos diários", disse. 

Maura Seleme lembra que na Europa a fisioterapia pélvica já está disseminada no sistema público de saúde, porém, no Brasil, o processo ainda se encontra em fase inicial de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Aplicativo é novidade no tratamento

Maura lançará em breve uma aplicativo inteligente: o iPelvis que inclui filmes, exercícios, informações , acompanhamento do progresso e sobretudo cria uma ponte de acesso maior par ao conhecimento e a interação com a equipe multidisciplinar formada de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, sexólogos e psicólogos quebrando o “tabu”, favorecendo o diálogo e sobretudo ajudando na compreensão dos exercícios do assoalho pélvico.

Causas da incontinência urinária

As principais causas da incontinência urinária são conhecidas, dentre elas: o enfraquecimento da musculatura pélvica, prática de esportes de alto impacto, partos feitos sem o devido preparo da musculatura pélvica, obesidade e pelo envelhecimento da musculatura, que ocorre com maior intensidade a partir da menopausa. No homem um dos fatores mais importantes é o câncer de próstata. O envelhecimento causa problemas urinárias tanto em mulheres quanto homens

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