Saúde

Hábitos de consumo dos alimentos saudáveis cresce, segundo especialista

Obesidade e doenças crônicas têm despertado o interesse da população pela qualidade dos alimentos escolhidos para a mesa

Os hábitos de consumo da população estão em constante transformação. Aos poucos, o que antes não se dava muita atenção, hoje já é considerado essencial na hora da compra de algum produto. Os alimentos orgânicos e saudáveis estão ganhando espaço e especialistas já afirmam que esse é o futuro da nutrição.

"O consumidor hoje valoriza além da nutrição. Ele vai olhar a rotulagem, a origem dos alimentos, se ele é empático e se ele conversa com o que ele busca", pontuou Renata Ramos, pesquisadora em Bioquímica de Alimentos e Alimentos Funcionais.

A obesidade, sobrepeso, casos de doenças crônicas não transmissíveis são alguns dos motivos que estão despertando o interesse da população pela qualidade e origem dos alimentos que são escolhidos para levar à mesa. 

Ao pé da letra, "rótulo limpo" é a tradução. O conceito disso, para o consumidor, são produtos com finalidade de passar mais claramente e com maior simplicidade as informações de sua composição, além de priorizar ingredientes naturais ou ainda que passaram por poucos processos para sua fabricação.

Porém, ainda há um caminho longo para que a população brasileira aprenda como se alimentar corretamente, mas o reflexo dessa vontade já vem sendo percebido. O fato é que a indústria alimentícia está dando os passos em direção ao objetivo final, que é satisfazer o consumidor.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou a primeira etapa de consulta à sociedade sobre advertências nas embalagens dos alimentos sobre presença de sal, açúcar e gorduras saturadas. Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a revisão das informações nos rótulos das embalagens é necessária, levando em conta que as regras atuais de rotulação não são claras.

Consenso sobre adoçantes

A discussão sobre a rotulagem dos alimentos só ressalta a importância de se conhecer o que melhor se adequa ao estilo de vida e à saúde de cada consumidor. 

Neste sentido, o açúcar e o sal surgem como os grandes vilões da alimentação, provocando discussões e a realização de estudos por parte de especialistas no mundo todo. Muitos destes estudos apontam os adoçantes de baixa calorias ou naturais como a estévia, como uma saída saudável para quem precisa reduzir o consumo de açúcar. Entretanto, ainda existem muitas dúvidas que cercam os adoçantes. Eles são realmente bons para nossa saúde? Será que devo utilizar? Muita gente ainda tem receio de usar estes produtos por achar que eles podem provocar doenças graves como o câncer.

Recentemente um artigo publicado nos Anais de Oncologia da Oxford Academy, que tem como um dos autores Carlo La Vecchia da Universidade de Milão (Itália), traz evidencias epidemiológicas sobre a ausência de associação entre adoçantes de baixas calorias e o risco de várias neoplasias comuns.

O documento, cujo o principal objetivo foi fornecer informações úteis e baseadas em evidências cientificas para a redução no consumo de açúcares adicionados de alimentos e bebidas, foi realizado com o apoio de 43 organizações internacionais e fundações de alimentos, nutrição, dietética e medicina, bem como universidades e centros de pesquisa.

Entre as conclusões deste Consenso, especialistas destacaram a segurança de adoçantes de baixa caloria, amplamente revisados ​​e aprovados, que foram autorizados por agências regulatórias de saúde em todo o mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), as autoridades norte-americanas (FDA) e europeias (EFSA).

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