Saúde

Uso de suplementos vitamínicos podem alterar resultados de exames. Saiba mais!

Alguns produtos contêm doses que ultrapassam o indicado; é preciso informar na hora do exame quando se utiliza algum tipo de suplemento

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Foto: EBC
Vendidos em cápsulas e em pó, muitos são indicados para evitar a queda de cabelo, fortalecimento das unhas e melhoria do bem-estar geral. 

Os brasileiros estão cada vez mais vaidosos. Só em 2018, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri), o setor registrou faturamento de R$2 bilhões, 8,5% a mais do que no ano anterior. Para esse ano, a expectativa é encerrar o ano com crescimento acima de 11%.

Um dos suplementos que tem conquistado cada vez mais adeptos são os chamados suplementos vitamínicos. Vendidos em cápsulas e em pó, muitos são indicados para evitar a queda de cabelo, fortalecimento das unhas, melhoria do bem-estar geral e ganho de energia nas academias.

Apesar dos benefícios que são oferecidos, o uso de alguns suplementos de forma inadequada ou com doses que ultrapassam o recomendável podem causar alguns efeitos indesejados, como alteração de resultados de exames, como é o caso da biotina. Conhecida também como vitamina B7, ela atua na formação da pele, unhas e cabelo, na utilização dos hidratos de carbono e na síntese de ácidos graxos. “O problema é que a Biotina que é vendida nas farmácias possuem doses que podem ultrapassar 600 mg por dia, sendo que o Institute of Medicine (USA), afirma que a ingestão adequada é de 35 a 70 mg/dia”, explica o biomédico Rafael Padovani.

A ingestão da biotina em doses que ultrapassam o indicado pode acarretar em alterações em resultados de exames. “O problema é que muitos pacientes consideram a biotina como um suplemento alimentar e ignoram esta importante informação quando perguntamos sobre utilização de medicamentos no momento do seu cadastro no laboratório, e isso pode alterar os resultados dos exames”, ressalta Padovani.

Na nossa alimentação, as biotinas provem principalmente da gema de ovo, fígado, rins, nozes, cereais integrais e alguns vegetais. O suplemento de Biotina em doses que variam de 2 a 15 mg/Kg/dia é indicado no tratamento de algumas doenças genéricas raras, como deficiência da enzima biotinidase, doença mitocondrial neonatal e doenças dos gânglios da base responsiva e tiamina.

“O avanço da tecnologia tornou os equipamentos analíticos muito precisos e exatos, somado ao rigor de uma certificação de Acreditação pelo PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a maioria dos resultados incoerentes e de difícil interpretação podem ser atribuídos a interferentes exógenos, como esses suplementos”, finaliza o biomédico.