Mar 2024
29
Felipe Mello
COLUNA ESG

porFelipe Mello

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História de algumas EEI

Todos os biomas são afetados por espécies exóticas invasoras, em especial a Mata Atlântica. Essas espécies são capazes de impactar a biodiversidade, a agricultura e pressionar o sistema de saúde pública. Mas como essas espécies vieram parar aqui? Diversas maneiras podem estar relacionados a introdução de EEI, como o comércio de plantas ornamentais e a descarga de água de lastro por navios. Os javalis, por exemplo, foram introduzidos na década de 1960, e já em 1980 começaram a se proliferar em grande escala. Esses animais foram introduzidos para criação e são caracterizados pela alta taxa de reprodução, grande apetite, rápido crescimento e forte resistência a doenças.

O mexilhão dourado, outro exemplo, foi introduzido em 1990 através da água de lastro dos navios, e acabou encontrando um ambiente propício à sua proliferação, já que ele apresentou uma vantagem a mais. A espécie não apresentava predadores naturais na fauna brasileira e por isso hoje é uma das principais fontes de poluição biológica, contribuindo para alteração dos ecossistemas e para extinção de diversas espécies nativas. Os danos associados ao mexilhão são inúmeros, abrangendo desde a destruição da vegetação aquática até a danos em empreendimentos hidrelétricos, estações de tratamento de água e tanques-rede de fazenda agrícolas.

Negligência da gestão pública

O estudo aponta que existem 476 espécies invasoras, sendo 268 animais e 208 plantas e algas, a maioria, nativas da África, Europa e Sudeste Asiático. Além de mais de 1.000 impactos negativos e apenas 33 positivos, pontuais e de curta duração.  Dessa forma, o documento aponta que das cinco maiores causas da perda de biodiversidade (destruição de habitat, mudanças climáticas, poluição, exploração dos recursos naturais e introdução de espécies exóticas invasoras), a mais negligenciada são as invasões biológicas.

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