Segundo a 27ª edição do Índice de Confiança da Robert Half, apenas 16% das empresas oferecem programas destinados a grupos minoritários.
No dia 14 de abril é comemorado o Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva, uma data estabelecida pelo Sistema Conselhos de Psicologia em 2004 com o intuito de mobilizar profissionais em defesa de políticas públicas voltadas para a inclusão escolar de crianças e jovens historicamente marginalizados no ambiente educacional.
Atualmente, o desafio da inclusão estende-se também ao ambiente corporativo, porém, nem todas as empresas demonstram o mesmo empenho nesse aspecto. Segundo a 27ª edição do Índice de Confiança da Robert Half, apenas 16% das empresas oferecem programas destinados a grupos minoritários.
Por outro lado, conforme relato de 21% dos recrutadores entrevistados, suas empresas realizam treinamentos relacionados à agenda de Diversidade e Inclusão, embora esses treinamentos não sejam exclusivamente direcionados a esses grupos.
Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul, destaca em entrevista para a revista Exame que “grupos minoritários como mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e profissionais com mais de 50 anos enfrentam preconceitos estruturais no trabalho. A promoção da educação inclusiva contribui para a construção de um ambiente mais diverso e acolhedor. Investir na capacitação de grupos minoritários também amplia a competitividade das organizações em um cenário de alta demanda por profissionais especializados.”
Essa análise foi baseada em uma sondagem com 774 recrutadores e empregados permanentes, distribuídos regionalmente e proporcionalmente pelo Brasil, conforme os dados do mercado de trabalho coletados na Pnad.
Perspectivas da Diversidade Empresarial
A pesquisa também revela que pouco mais de um terço das empresas (35%) está considerando implementar treinamentos inclusivos em um futuro próximo. No entanto, chama a atenção o fato de que 28% das organizações não planejam adotar essa estratégia. É importante ressaltar que a preparação de profissionais para o mercado pode ajudar a mitigar a escassez de mão de obra qualificada, um problema significativo no mercado de trabalho atual.
Para Mantovani, “a educação inclusiva não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para potencializar o talento humano e impulsionar o crescimento sustentável das companhias no mercado atual. A diversidade é um ativo valioso que, quando valorizado e cultivado, contribui significativamente para o sucesso e a inovação organizacional.”
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