Abr 2024
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O aumento da expectativa de vida indica avanços importantes

A Síndrome de Down, também conhecida como trissomia 21, é uma condição genética caracterizada pela presença de três cromossomos 21 nas células. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que essa condição afete aproximadamente uma em cada 700 pessoas nascidas no Brasil, totalizando cerca de 270 mil indivíduos no país.

No início do século 20, a expectativa de vida para pessoas com essa síndrome era de apenas cerca de dez anos. Entretanto, graças aos avanços na medicina e na qualidade de vida, atualmente, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida média é de 77 anos. Esse aumento significativo na longevidade é atribuído, em parte, às terapias disponíveis e à melhoria geral na qualidade de vida.

Hoje em dia, indivíduos com Síndrome de Down têm a capacidade de alcançar autonomia e independência, trilhando seus próprios caminhos sem a necessidade de supervisão constante. Isso é possível graças a uma série de iniciativas e terapias adaptadas às suas necessidades individuais, incluindo fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia, nutrição e atividades esportivas.

Além disso, projetos como as residências assistidas para pessoas com Síndrome de Down têm desempenhado um papel crucial no processo de conquista da autonomia. No entanto, para que esses indivíduos possam trilhar esse caminho de independência, é essencial o apoio contínuo e o envolvimento ativo da família.

A busca pela moradia independente é uma estratégia fundamental para promover a emancipação na vida adulta. Esse processo, baseado em aprendizado contínuo e empoderamento, não apenas proporciona autonomia aos indivíduos com deficiência, mas também contribui para a inclusão social e o acesso aos recursos da comunidade.

No entanto, é importante ressaltar que o desenvolvimento e a independência das pessoas com Síndrome de Down são influenciados pelo ambiente familiar. Muitas vezes, a superproteção por parte dos familiares pode prejudicar o desenvolvimento da autonomia desses indivíduos. É essencial proporcionar estímulos adequados desde a infância e evitar a infantilização na vida adulta.

Para garantir uma transição bem-sucedida para a idade adulta, é fundamental oferecer suporte e incentivo contínuos, garantindo que essas pessoas tenham acesso às oportunidades e aos recursos necessários para desenvolver todo o seu potencial. A educação e a conscientização sobre a Síndrome de Down são essenciais nesse processo, e informações confiáveis podem ser obtidas por meio de instituições como a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a FBASD.

Além disso, a manutenção dos cuidados com a saúde é fundamental para promover a independência e a qualidade de vida desses indivíduos. É importante estar ciente das necessidades específicas de saúde associadas à Síndrome de Down, como a maior incidência de obesidade e Alzheimer, e tomar medidas preventivas adequadas.

Em suma, promover a autonomia e a independência das pessoas com Síndrome de Down não apenas beneficia individualmente esses indivíduos, mas também enriquece a sociedade como um todo, promovendo a diversidade e a inclusão em todos os aspectos da vida cotidiana.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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