Abr 2021
23
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Por que devemos pensar em sustentabilidade?

Nas últimas décadas, testemunhou-se a ocorrência de temperaturas históricas registradas em várias regiões do mundo, bem como a ocorrência de eventos climáticos extremos.

Dentre todas as atividades econômicas, a agricultura é naturalmente a mais dependente do clima e, consequentemente, a mais sensível a essas alterações.

Segundo estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de propensa a impactos negativos, a agricultura e a pecuária são atividades que liberam gases de Efeito Estufa na atmosfera, principalmente aqueles compostos por carbono e nitrogênio. A atividade, pode contribuir e sofre potencialmente com esses fenômenos ao mesmo tempo.

Portanto, as políticas públicas da Agricultura de Baixo Carbono podem contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável dos sistemas de produção agrícola, principalmente no que se refere à recuperação de pastagens degradadas e sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

 

O que o Brasil tem feito?

Em 2009, o país apresentou um compromisso internacional para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Essa redução envolve diversos setores da economia e teve como objetivo inicial reduzir o desmatamento, adotar práticas agrícolas sustentáveis ​​e aumentar a eficiência energética.

Na agricultura em particular, o Brasil elaborou o Plano ABC, que teve seu período de vigência de 2010 a 2020. Uma política pública composta de um conjunto de ações que visam promover a ampliação da adoção de tecnologias agropecuárias sustentáveis com alto potencial de mitigação das emissões GEE e de combate ao aquecimento global.

Nesta última década, práticas propostas pelo Plano ABC foram capazes de recuperar mais de 52 milhões de hectares, conforme relata Fabiana Villa Alves, coordenadora-geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do MAPA.

Após esses resultados, o ABC+ reestrutura os conceitos e estratégias, mantendo o compromisso com a sustentabilidade na produção de alimentos, fibras e energia.

“Estamos lançando as bases para que, como potência agroambiental, sigamos aliando segurança alimentar e nutricional à conservação ambiental. É necessário, no entanto, que essa dupla contribuição seja reconhecida pelos nossos parceiros internacionais, com o fim do protecionismo no comércio agrícola e a implementação de mecanismos que recompensem nossos produtores pelos serviços ambientais que prestamos ao mundo”, destacou a ministra Tereza Cristina, acrescentando que o Brasil é responsável por apenas 3% das emissões de gases de efeito estufa no mundo.

Fica portanto o questionamento: como podemos contribuir para desenvolvimento sustentável dos sistemas de produção agrícola do nosso Estado?

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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