As áreas de preservação da vegetação nativa do Brasil pelo agronegócio representam 33,2% do território brasileiro. Na prática, são cerca de 283 milhões de hectares conservados no campo, segundo estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Territorial. Dessa forma, o setor é uma das referências em preservação das vegetações nativas espalhadas pelas regiões do nosso país.
Com base no geoprocessamento de dados do Censo Agropecuário e do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), a Embrapa cruzou coordenadas de mais de 5 milhões de estabelecimentos do agronegócio com os perímetros de quase 6 milhões de imóveis registrados no CAR até fevereiro de 2021. Com isso, identificou-se 1.885.955 estabelecimentos sem cadastro no SiCAR. Vale lembrar que esse é um documento público eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, reunindo informações ambientais dessas propriedades.
Assim, a pesquisa estimou que as propriedades não cadastradas possuem cerca de 55 milhões de hectares de áreas dedicadas à preservação ambiental, o que corresponde a 6,5% do território brasileiro. Os outros 26,7% são de propriedades mapeadas pelos produtores no CAR, com valor que corresponde a mais de 227 milhões de hectares. As duas áreas somadas formam um terço do território brasileiro protegido, que segundo o estudo, pertence majoritariamente a terras privadas.
O estudo destacou que o Nordeste, que reúne 37% dos imóveis cadastrado, contribui com 19% das áreas preservadas. Por outro lado, o Centro-Oeste, que possui 7% dos imóveis cadastrados, contribui para 24% da preservação das áreas mapeadas.
Destaca-se que a conservação ocorre em função dos biomas, conforme exigências do Código Florestal Brasileiro. Assim, pela relevância desses requisitos na Amazônia, a região é responsável por 48% da preservação, apesar de ter apenas 11% dos imóveis rurais registrados no CAR.
Por fim, a Mata Atlântica, onde estão 42% das propriedades, representa apenas 10% da preservação.
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