Jan 2022
29
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Como se distribuiu o crédito no campo

Do montante total, uma quantia de R$ 86,8 bilhões foi destinada para custeio, volume 29% superior ao do mesmo período da safra 2020/21, e R$ 46,7 bilhões em investimentos, correspondendo a um valor 24% superior se comparado ao intervalo entre julho e dezembro de 2020. Ainda, para apoio à comercialização, as contratações somaram R$ 17,3 bilhões, uma alta de 65%, e para industrialização, R$ 8,8 bilhões, evolução de 23%.

Por outro lado, o número total de contratos foi reduzido em 7%, considerando a comparação entre as safras. Já nos empréstimos para investimentos, a redução foi de 15%.

Origem dos recursos

A participação dos recursos controlados no valor total das liberações foi de 68%, ou seja, a mesma observada no mesmo momento da safra anterior. Além disso, para os recursos obrigatórios e os de poupança rural controlada, essa participação foi de 50%. Para essa última categoria, 70% dos recursos foram para o custeio e 30% para investimentos. Já para os recursos obrigatórios, a maioria da quantia também foi para o custeio, cerca de 74%, e 20% para a finalidade de industrialização.

Em relação aos programas de investimento, os que possuíram maior quantidade de recursos contratados foram o Procap-Agro (95%), Moderfrota (65%) e o Pronaf (62%). Vale destacar que o primeiro deles sofreu uma alta considerável de 4.237% em termos de recursos contratados. Segundo o ministério, o aumento expressivo pelo aumento de recursos disponível nesse programa, quatro vezes superiores aos da safra passada.

A diminuição das contratações de PCA (-40%) e Prodecoop (-74%) ocorreu em função da alteração, em outubro de 2021, do prazo para registro das operações, que diminuiu de 180 dias para dois dias úteis. Por serem complexas e de alto valor, elas demandam mais tempo para sua realização, afastando a contratação de recursos oriundos dessas pastas.

Também, houve aumento de R$ 1,72 bilhão na disponibilidade para custeio, sendo R$ 710 milhões para Pronaf, R$ 270 milhões para Pronamp e R$ 741 milhões para demais produtores. Em relação aos investimentos, o maior aumento na dotação de recursos ocorreu para os programas ABC (+ R$ 195 milhões) e PCA (+R$ 93 milhões).

Por fim, os saldos totais dos recursos equalizáveis, remanescentes no final de dezembro de 2021, foram de 36% para os investimentos e de 37% para o custeio, comercialização e industrialização.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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