Os produtos produzidos pelas cooperativas capixabas vem conquistando cada vez mais espaço no mercado internacional. Da produção de 1,7 milhão de sacas de café, foram exportadas quase 75 mil produzidas pelas cooperativas agropecuárias do Estado. A pimenta-do-reino também foi protagonista no mercado externo. Em 2021, segundo o Anuário do Cooperativismo Capixaba, foram exportadas 2,5 mil toneladas de pimentas-do-reino (preta e branca), pimenta-rosa e cravo-da-índia. Um resultado de R$ 50,1 milhões de faturamento com as exportações. Veja mais detalhes.
O Espírito Santo é o estado que mais se destaca como exportador de pimenta-do-reino no Brasil, principalmente por conta das terras e o clima serem próprios para o plantio deste tipo de cultura. A Associação Capixaba dos Exportadores de Pimentas e Especiarias (Acepe), estima que o estado foi responsável por quase 55% do total de exportações do produto em 2021.
As cooperativas ligadas ao agronegócio tiveram uma participação significativa neste cenário. O Anuário do Cooperativismo Capixaba, divulgado pelo Sistema OCB, informa que, no último ano, foram exportadas cerca de 2,5 mil toneladas de pimentas-do-reino (preta e branca), pimenta-rosa e cravo-da-índia.
Desse total, 2,3 mil toneladas (91,8%) foram somente de pimenta-do-reino produzidas pelas cooperativas capixabas.
O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), responsável por elaborar estudos com base em dados estatísticos, analisou os dados do IBGE e constatou que o Espírito Santo produziu 72,1 mil toneladas de pimenta-do-reino e exportou 52,7 mil toneladas de pimentas no mesmo período.
Isso significa que as cooperativas capixabas foram responsáveis por 4,7% do total exportado e 3,2% do total produzido no Espírito Santo.
É importante lembrar que no cenário geral, as cooperativas faturaram juntas R$ 8,4 bilhões, 27% acima da cifra de 2020, que foi de R$ 6,6 bilhões em 2020. Enquanto isso, as do agro foram responsáveis por uma movimentação econômica de R$ 3,4 bilhões.
O diretor executivo da OCB, Carlos André de Oliveira, avalia que apesar das cooperativas apresentarem bom desempenho nos indicadores, ainda existem alguns desafios a enfrentar. Um deles está ligado ao setor agropecuário.
“O agro é um dos ramos com maior representatividade no Espírito Santo e precisamos transformar nossas cooperativas agros em cooperativas de “alimentos”, ou seja, agroindustriais. Essa é uma demanda trazida pelo mercado e que já está sendo amplamente incentivada pelo Sistema OCB/ES”, afirmou.
O Anuário do Cooperativismo Capixaba também trouxe dados sobre as cooperativas da agricultura familiar. Elas forneceram, aproximadamente, 369 mil unidades de produtos alimentícios às escolas do sistema público do Espírito Santo em 2021, de acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
Os principais produtos fornecidos foram peixe, abóbora, repolho, feijão, abobrinha, ovo, leite em pó, pasta de alho e polpa de goiaba, acerola e morango.
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