Fev 2024
24
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Fábrica terá capacidade de produção de 100 litros de azeite por hora

Para viabilizar esta fábrica, a Seag destinou R$ 600 mil na aquisição de equipamentos, enquanto a Prefeitura de Santa Teresa assumiu a responsabilidade pelas adaptações necessárias de infraestrutura do prédio.

A olivicultura tem ganhado destaque no Espírito Santo, e o azeite produzido está conquistando reconhecimento pela sua qualidade, tanto em nível nacional quanto internacional. Atualmente, o estado conta com cerca de 300 hectares de áreas plantadas com oliveiras, envolvendo 180 produtores distribuídos em 20 municípios dos 23 da região serrana do Espírito Santo, que se mostram propícios para o desenvolvimento desta atividade.

As condições geográficas e climáticas da região serrana, com altitudes superiores a 800 metros, oferecem um ambiente ideal para a olivicultura, semelhante às regiões produtoras do país, como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

O Projeto de Olivicultura, iniciado pelo Incaper em 2012, ganhou impulso ao longo dos anos, expandindo-se para 20 municípios capixabas. O foco principal do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, buscando garantir a qualidade superior do produto.

Desde a produção experimental do primeiro azeite capixaba em 2018 até a extração do primeiro azeite extravirgem comercial em 2021, já realizado em terras capixabas, o estado já possui seis marcas de azeites extravirgens, com aromas e sabores distintos, genuinamente capixabas.

Associação prevê uma queda de 30% na produção das oliveiras

A inauguração da agroindústria é uma demanda antiga dos produtores e de representantes da Associação de Olivicultores do Espírito Santo (Olives). Anteriormente, eles enfrentavam a falta de equipamentos adequados para atender à demanda de produção, muitas vezes recorrendo a alternativas fora do estado para transformar as azeitonas em azeite.

Ricardo Serro, presidente da Associação dos Olivicultores do Espírito Santo (Olives), destacou a importância dessa agroindústria coletiva para os produtores regionais de azeitona.

“Quando a azeitona é colhida, é essencial iniciar imediatamente o processo de produção do azeite para garantir uma qualidade final superior. Por isso, a disponibilidade desses equipamentos é fundamental. Agora, nosso próximo passo é aumentar a colheita e aprimorar a qualidade do produto. Essa conquista marca um avanço significativo para os pequenos produtores, proporcionando-lhes maior tranquilidade no processamento dos frutos. Com a inauguração desta nova agroindústria em Santa Teresa, seremos capazes de atender às demandas locais, reduzindo custos e mantendo a qualidade do processo”, afirmou Ricardo Serro.

Serro também compartilhou suas preocupações com os desafios enfrentados pela produção de oliveiras devido aos efeitos climáticos. Ele estima uma redução de 30% na produção em comparação com a safra passada. Por essa razão, uma das principais demandas da associação é estabelecer parcerias com o Incaper e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) para realizar pesquisas de campo visando ao aprimoramento do cultivo no estado.

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