Maio 2024
8
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Empresa está de olho nas exportações para Europa e Estados Unidos

A tecnologia holandesa trará uma redução significativa nos níveis de contaminação por salmonella nas sementes de pimenta, alinhando-se aos requisitos internacionais de segurança alimentar. Atualmente, a pepericultura enfrenta desafios nos mercados europeu e norte-americano, com detenções automáticas devido à alta incidência de salmonella nos produtos exportados.

Essas barreiras sanitárias mais rígidas resultam em consequências financeiras: os contêineres com resultados positivos para salmonella são enviados de volta, acarretando prejuízos. Josemar Moro, um dos proprietários da Grancafé, enfatiza a crescente exigência por produtos de exportação livres de contaminantes e mais sustentáveis.

“Assim como na produção de mamão, o cultivo de pimenta exige um controle rigoroso durante todo o processo produtivo para evitar contaminação por produtos químicos. Chegará o momento em que o mercado não aceitará produtos que não atendam aos padrões, é importante para o Brasil garantir seu espaço no mercado internacional. Por isso, optamos por adquirir essa máquina para esterilizar a pimenta-do-reino e combater a salmonella”.

A Grancafé tem feito um trabalho de conscientização com os produtores como forma de garantir a qualidade e segurança de seus produtos para manter sua posição nos mercados internacionais. Por isso, investiu na máquina esterilizadora de pimenta-do-reino. Além disso, a empresa está engajada em promover a produção de alta qualidade nas lavouras. Afinal, a entrada nos principais mercados, como os Estados Unidos e a Europa, requer que as especiarias estejam livres de contaminantes.

Com esse investimento de R$ 6 milhões, a Grancafé pretende retomar sua presença nos mercados europeu e norte-americano, os quais antes representavam 40% do mercado de suas exportações, mas agora compreendem apenas 5%. Isso não significa que a empresa reduziu a quantidade de pimenta exportada, mas sim que diversificou os destinos, atendendo países alternativos como Egito, Paquistão e Vietnã.

A Grancafé, sendo uma das principais exportadoras de pimenta-do-reino do Brasil, envia seus produtos para uma ampla gama de países nas Américas, África, Europa e Ásia. Com a aquisição do novo maquinário, espera-se um aumento de 30% no volume de exportação.

“Nós conseguimos direcionar a nossa produção para outros países com sucesso. Com a nova máquina, planejamos reestabelecer contato com nossos clientes na Europa e Estados Unidos, e aumentar nosso volume de exportação em 30%”, explicou Moro.

Vale ressaltar que o Espírito Santo lidera a produção de pimenta-do-reino, sendo responsável por 60% da produção nacional. Além disso, a pimenta-do-reino é o terceiro produto mais importante da pauta exportadora capixaba, seguindo apenas o café e a celulose. Em 2023, mais de 54,4 mil toneladas foram exportadas para 74 países, gerando uma receita de US$ 167,6 milhões. Os principais destinos das exportações foram Vietnã, Marrocos e Emirados Árabes. Este cenário destaca a necessidade de resolver questões como a contaminação por salmonella, um problema que afeta a produção e exportação.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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