A Engenharia Civil geradora do desenvolvimento

Luciene Araujo
engenharia civil geradora de desenvolvimento

Foto: Freestockcenter

A Engenharia Civil é fundamental para o Brasil avançar. O país precisa de infraestrutura adequada ao desenvolvimento sustentável, com um custo realizável no contexto da realidade brasileira. Ou seja, a responsabilidade da elaborar projetos de infraestrutura para o desenvolvimento nacional é dos engenheiros civis.

Entre as muitas melhorias necessárias, podemos listar que o Brasil precisa de rodovias, ferrovias, hidrovias, barragens. Da mesma forma de pontes, sistemas de tratamento de água, aeroportos e portos. Bem como de matizes de fontes alternativas de geração de energia, tais como solar (fotovoltaica) e eólica. “Ou seja, para tudo isso, o engenheiro civil é indispensável”, destaca o presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva.

“Nós, de modo geral,  respondemos por 71,9% do Produto Interno Bruto brasileiro e 50% da força de trabalho”, enumerou o presidente.

A Engenharia Civil

Nos últimos anos, a economia brasileira passou por altos e baixos. E isso impactou de forma significativa a indústria da construção civil. Especialmente com a pandemia, muitas empresas tiveram de reduzir investimentos. E isso causou a queda no número de novos projetos.

Mas agora, o país começa a respirar novos ares e não faltam investidores interessados no Brasil. Mesmo com alguma insegurança jurídica, a retomada gradual da economia traz boas perspectivas.

Tecnologia

Novas tecnologias – inteligência artificial, realidade virtual e internet das coisas – transformam a realidade dos projetos, das construções e do gerenciamento das infraestruturas. Bem como aumentando a eficiência e a segurança das obras.

Softwares de gestão permitem o monitoramento da obra em tempo real. Da mesma forma que possibilitam aos profissionais perceberem antecipadamente a ocorrência de problemas. Assim, tomarem decisões mais precisas e em menor tempo.

“O Brasil não deixa nada a desejar quando o assunto é tecnologia. Produz grandes obras. Por exemplo, a maior obra habitacional do mundo, que é a City Line, é coordenada por um brasileiro. Então, o Brasil em termos de tecnologia na engenharia civil, em termos de conhecimento nessa área, tem acompanhado o cenário mundial”, defendeu o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), Francisco Ladaga.

E a tecnologia também promove avanços em sustentabilidade. Em outras palavras, permite a estruturação de projetos nos quais são aplicados materiais mais sustentáveis; projetos com maior eficiência energética; e ainda mecanismos que reduzem a quantidade de resíduos sólidos.

“Nós temos visto novas práticas que tem gerado desenvolvimento sustentável em nosso país. Tecnologias modernas já desenvolvidas através de pesquisas brasileiras. Tanto pela academia, quanto pelos setores público e privado”, complementou Jorge Silva.  Portanto, a engenharia civil é uma geradora de desenvolvimento

28º CBENC

Há uma semana engenheiros de todo o Brasil se reuniram na capital capixaba para debater a importância, os avanços e os desafios da Engenharia Civil. O 28º Congresso Brasileiro de Engenheiros Civis (CBENC) foi o maior evento da categoria em todo o país. Experts  em suas áreas debateram conteúdos importantes que  impactam diretamente na segurança da população, na qualidade das obras de engenharia e na qualificação dos profissionais.

Entre os questões debatidas,  integraram os painéis, a manutenção preventiva, inspeção periódica das edificações, e os efeitos positivos desses cuidados na garantia de construções mais seguras e duráveis.

“A Engenharia Civil como Indutora do Desenvolvimento” foi o tema da palestra magna na abertura do evento, ministrada pelo engenheiro Aldo Doria Matos.

O congresso foi uma realização da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), com correalização da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros (SEE) e da Associação Brasileira de Engenheiros Civis do Espírito Santo (Abenc-ES). Ainda contou com o patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua).

Debates

“Os debates realizados no Congresso,  com certeza, viabilizarão a execução de projetos públicos e privados com maior viabilidade técnica, econômica e social. Estamos nos preparando, investindo na qualificação da mão de obra, em inovações tecnológicas e mudanças de hábitos na realização de serviços e obras, buscando maior produtividade com eficiência e qualidade”, afirmou o presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva.

O engenheiro José Maria Cola dos Santos, presidente da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros (SEE), afirmou a importância do encontro para o cenário nacional: “Reunimos profissionais de todo o país para discutir, pensar e criar soluções que possam fortalecer a construção civil não só no Espírito Santo como também no Brasil. Estamos trabalhando para oferecer à sociedade profissionais cada vez mais qualificados”.

O Diretor-presidente da Mútua, Francisco Almeida, reforçou a necessidade de investir em ações que vão acolher e incentivar os profissionais do Sistema: “precisamos inovar, transformar as estratégias e valorizar ainda mais nossos profissionais”.

 

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.