A importância da escolha correta da iluminação

Fachos de luz direcionados focados para iluminar a escada (funcionalidade) e ao mesmo tempo efeito decorativo Foto: Divulgação

A iluminação é um elemento fundamental em qualquer projeto arquitetônico, pois pode transformar completamente a aparência e a funcionalidade de um espaço. Além de ser importante para a estética do ambiente, afinal iluminação também é capaz de afetar o humor, a produtividade e a saúde das pessoas que ali vivem ou circulam.

Segundo Adriana Martins, arquiteta e empresária sócia proprietária da loja de iluminação Homelux, a iluminação pode ser utilizada de diversas maneiras em um projeto arquitetônico, desde a simples funcionalidade de iluminar e clarear aquele espaço, uma mesa de jantar, como trazer mais aconchego e ares mais intimistas e acolhedores, como dar destaque para objetos, obras de artes, mobiliário e até texturas nas paredes, teto.

“Ao escolher a melhor opção de luz para um projeto, é importante considerar o tipo de atividade que será realizada no espaço. Por exemplo, a iluminação de um escritório deve ser diferente da iluminação de um quarto de dormir. Em um escritório, é importante ter uma iluminação brilhante e uniforme para facilitar a leitura e a escrita, enquanto em um quarto de dormir, é importante ter uma iluminação suave e relaxante para ajudar a induzir o sono”, explica Adriana.

Existem vários tipos de luz disponíveis, como luz indireta e luz direta, luz focada e luz difusa. Cada tipo de luz tem suas próprias características e benefícios, e a escolha dependerá das necessidades e preferências individuais do cliente e o objetivo que se busca de iluminação naquele espaço.

Para o arquiteto Christian Vieira, a iluminação é feita para compor o ambiente e valorizar o contexto da decoração, um mobiliário, um quadro, de modo que não polua o teto, que seja o mais simples possível, e que a grande sensação seja o mobiliário e pontos que se queira destacar. “Nem sempre o cliente entende, mas é meu papel explicar e mostrar a ele a vantagem da iluminação mais pontual, direcionada para os espaços e objetos. Um piso brilhoso, polido, por exemplo, a iluminação deve ser pensada cuidadosamente porque dependendo da iluminação você acaba com toda a decoração, porque a iluminação bate no piso e reflete no teto e prejudica o efeito da iluminação final. Para quartos, por exemplo, ideal sempre luz indireta, que você deite e não tenha iluminação focada no rosto e sim mais aconchegante”, explica ele.

Para o arquiteto Christian Vieira, a iluminação é feita para compor o ambiente e valorizar o contexto da decoração. Foto Filipe Cardozo

O arquiteto fala de um projeto de uma casa de campo que acaba de finalizar nas montanhas capixabas e conta que a ideia desse projeto, por exemplo, foi valorizar a arquitetura já que a casa foi feita toda em concreto e acabamento das formas em madeira.

“Então a iluminação é mais nos cantos, linear varrendo a parede. A iluminação geral joga a luz para o teto e alguns spots jogando luz em pontos específicos que quisemos valorizar como uma luz direcionada na lareira, na mesa de sinuca, no aparador, na mesa de centro e outros pontos”.

O proprietário da casa, o advogado Bruno Murta, conta que por ser uma casa de campo a ideia era buscar uma iluminação indireta e que valorizasse a arquitetura e o concreto aparente no qual ele quis priorizar em todo projeto.

“Assim, a escolha da iluminação foi com o objetivo de proporcionar ao espaço conforto e relaxamento. Praticamente não temos Iluminação direta. Sem falar que por conta da arquitetura com muitos vidros ao redor, conseguimos aproveitar também a iluminação natural nos espaços”, explica ele.

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.