Aluguel de imóveis residenciais com boas soluções de décor

Aline Pagotto

Tapete, cortina, almofadas sobre o sofá, objetos, poltrona e outros móveis soltos ajudam a mudar o visual do ambiente rapidamente. Foto: Rafael Renzo

“Eu aluguei um apartamento, mas o proprietário não queria que eu fizesse muitas intervenções na estrutura. Queria tirar uma porta do quarto de empregada para abrir mais espaço para a copa. Com muita conversa, mostrei a ele que era mais viável e ele aceitou. Hoje, naquele ambiente funciona como dois em um”, conta a empresária Carmen Fernandes.

Assim como a empresária, os inquilinos sempre são informados quanto às restrições de mudanças arquitetônicas. Entretanto, quem disse que um lar alugado está longe de ser aconchegante, como se espera, e decorado como se deseja?

A arquiteta Carina Dal Fabbro. Foto: Instagram

Experiente neste assunto, a arquiteta Carina Dal Fabbro afirma que esse êxito está na escolha de soluções inteligentes e bem acertadas – tanto para não interferir no imóvel, como no bolso do morador temporário.

“O aluguel está longe de ser uma condição que resulta em um modo de vida descaracterizado e sem o senso de pertencimento. Independentemente do vínculo, é perfeitamente possível refletir a personalidade dentre e escolhas assertivas”, discorre.

A arquiteta ressalta a importância de uma conversa alinhada com os moradores para entender as expectativas e conhecer os móveis que porventura já tenham para realizar os ajustes batizados como ‘maquiagem’.

“Adoto esse termo por se tratar de um projeto sem grandes alterações estruturais, como a demolição de paredes, mas que com a aplicação dos produtos certos, proporciona um visual belíssimo, sem deixar evidente o vínculo temporário do imóvel”, detalha.

Ela assegura que alterações pontuais propiciam uma atmosfera charmosa e que ressoa a personalidade e a satisfação de nomearem aquela edificação como sua casa.

Nada de transformações profundas

Como mencionado anteriormente, uma grande transformação pode ir contra os preceitos indicados pelo locador, como também não é benéfico para o inquilino, pois o dinheiro investido ‘não retorna’.

Mesmo assim, caso seja essencial uma mudança, é estritamente fundamental consultar e obter a aprovação prévia, com os entendimentos documentados.

“Quando conversado inicialmente com o proprietário ou a imobiliária, pode-se cogitar a possibilidade de negociar uma carência contratual por meio das melhorias e até mesmo uma reforma”, orienta.

Dessa forma, a troca de revestimentos – que muitas vezes é necessária –, ou a instalação, ou retirada de móveis planejados precisam ser acertados e aprovados com antecedência.

Por outro lado, é totalmente liberada, sem requisição prévia, a aplicação de papel de parede ou pintura, desde que, ao fim do contrato e durante a devolução, as paredes sejam entregues com a cor branca ou tons claros.

Sem comprometer o orçamento

Equilibrar o desembolso financeiro é primordial, especialmente quando se trata de um lar temporário. Por isso, Carina exalta a importância de investir em soluções criativas e econômicas para renovar os espaços, sem abrir mão da qualidade e da estética.

O tapete se mostra ideal para demarcar áreas diferentes dentro de um espaço, oferecendo um toque extra de conforto | Foto: Rafael Renzo

Para evitar a substituição dos revestimentos das paredes, uma dica é realizar uma limpeza profunda nos azulejos antigos e renovar os rejuntes.

“Asseguro que esses procedimentos por si já renovam muito o visual”, ensina a arquiteta. Caso não seja o suficiente para mudar o espaço, outra possibilidade é adesivar os azulejos ou, até mesmo, pintar as peças com tinta epóxi.

Para o piso, existe a opção de assentar piso sobre piso, em áreas molhadas como cozinhas e banheiros ou instalar piso vinílico, desde que a limpeza seja feita apenas com pano úmido, ao invés do hábito dos brasileiros de lavar as superfícies com água e vassoura.

Peças novas

Por fim, antes de sair comprando peças novas, Carina propõe um olhar aprofundado sobre aquilo que o futuro morador já tem.

“Para evitar gastos com a aquisição de mobiliários novos, analiso aquilo que a família já tem. Em boas condições, uma cama, uma poltrona e um sofá com boa estrutura podem ser combinados na decoração ou mesmo reformados para integrar uma nova fase de vida, por exemplo”, instrui.

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.