Comissão Mista aprova MP do Minha Casa, Minha Vida

Luciene Araujo
MP do Minha Casa, MInha VIda

Conjunto do MCMV em Sooretama, norte do estado. Foto: PMS

 

 

 

 

 

A primeira etapa da medida provisória 1162/23 – MP do Minha Casa, Minha Vida – está concluída.  A Comissão mista que analisa a medida provisória (MP) , que retoma o Programa Minha Casa, Minha Vida aprovou, nesta quinta-feira (1º), o relatório do deputado federal Fernando Marangoni (União-SP). Agora, o texto seguirá para aprovação no plenário da Câmara dos Deputados.

A expectativa do setor no Espírito Santo, e em todo o Brasil, é grande. Afinal, o programa habitacional é um grande responsável pelo aquecimento da construção civil. Isso porque, facilita muito a aquisição de uma casa ou apartamento por famílias brasileiras que ganham até 10 salários mínimos.

MP do Minha Casa, Minha Vida

Na avaliação dos empresários da Construção Civil, o relatório apresentado foi positivo e sanou as dúvidas do setor. “Foi um grande avanço o relatório do deputado Marangoni. Ele resolveu uma série de dúvidas que existiam e agora sabemos o rumo a seguir”, destacou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins

O texto aprovado pelos parlamentares manteve os critérios de renda para a qualificação de famílias ao programa, como previsto na versão original, mas sofreu diversas alterações.

Alterações

MP do Minha Casa Minha Vida, alterações aceitas pela comissão mista

Conjunto Habitacional no município da Serra. Foto: Divulgação

Uma das alterações aceitas prevê o fim da exclusividade da Caixa Econômica Federal e estímulo a entrada de bancos privados na operação do programa. Bem como de bancos digitais e instituições financeiras locais, como cooperativas de crédito. Para tanto, essas instituições financeiras devem fornecer informações sobre as transferências ao Ministério das Cidades, por meio de aplicativo que identifique o destinatário do dinheiro.

O relatório também altera a legislação atual para permitir que os contratos de imóveis no âmbito do programa sejam formalizados por meios digitais e eletrônicos.

Reformas

O relatório prevê que, no mínimo, 5% dos recursos da política habitacional sejam repassados fundo a fundo ou por meio de convênios para financiar obras. Desde que o recurso seja empregado em retomada de obras paradas, reforma (retrofit) ou requalificação de imóveis inutilizados; Bem como em obras habitacionais em municípios de até 50 mil habitantes.

Energia

O parecer do relator incluiu ainda critérios de sustentabilidade e eficiência energética. Igualmente, reaproveitamento não potável das águas cinzas. “Tudo isso traz mais sustentabilidade econômica para os empreendimentos, porque reduz os custos das famílias no custeio de suas unidades”, reforçou o deputado.

Subsídios

Conjunto de prédios do MCMV em Cariacica. Foto: Divulgação

O relatório tratou também da necessidade de redirecionar as moradias de baixa renda para áreas mais privilegiadas. Assim, prevê três subsídios. O verde, destinado a projetos com uso de tecnologias sustentáveis e ambientais. O segundo é o de localização, para empreendimentos próximos a áreas urbanas e integrados ao transporte público. Por fim, o de qualificação, para construções que incluam áreas comerciais.

O texto aprovado também inclui as mulheres vítimas de violência doméstica. Da mesma forma, as famílias residentes em áreas de risco entre as prioridades para firmar contratos de moradia.

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(Com informações da Agência Câmara de Notícias e Agência CBIC)

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.