Construtoras estão motivadas com o novo Minha Casa, Minha Vida

Aline Pagotto
Projeto habitacional de interesse social

Minha Casa, Minha Vida. Foto: Governo Fedetal

Com as mudanças do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas pelo governo federal, muitos empresários do setor da construção civil estão motivados.

Durante a Convenção Secovi-SP 2023, evento que reúne empresários e profissionais da área para tratar de temas do mercado imobiliário, entre outros temas, a vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, recebeu  um panorama de que os incentivos criados pelo programa impulsionem o surgimento de novos empreendimentos.

O presidente da CBIC, Renato Correia. Foto: LinkedIn

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato de Sousa Correia, a expectativa positiva do mercado imobiliário deve ser atribuída à abertura de diálogo do governo com o setor. “Esse é um projeto construído a quatro mãos, resultado de um esforço conjunto”, afirma.

Correia complementa e diz que “as construtoras e incorporadoras estão motivadas. O FGTS é o único funding (captação de recursos financeiros) estável que temos em nosso país.”.

Mais incentivo

Para o diretor da Torres Engenharia, Marcelo Torres, o programa melhorou muito no “teto” do valor para aquisição do imóvel.

“O custo da construção aumentou muito e com o teto anterior não era viável a venda de imóveis dentro do programa. Ou seja, não estava sendo lucrativo. Agora está bem mais atrativo e temos mais oportunidades de vendas das unidades”, diz.

O empresário acredita que a partir de agora é possível atingir áreas que antes não eram possíveis, como bairros mais nobres, mais perto da capital, como por exemplo, em Bairro de Fátima, na Serra.

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Marcelo Torres, diretor da Torres Engenharia. Foto: arquivo pessoal

“Esse novo teto ajudou demais na localidade e, consequentemente, na construção de novos empreendimentos”, afirma.

Novo MCMV

As novas regras que aumentaram o subsídio para aquisição de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciadas em 07 de julho deste ano, reduzem a taxa de juros para famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa.

O subsídio para famílias de baixa renda – com renda mensal de até R$ 2.640 (faixa 1) e até R$ 4,4 mil (faixa 2) –, passou de R$ 47 mil para até R$ 55 mil.

Desta forma, o teto dos imóveis para as faixas 1 e 2 do programa será de R$ 264 mil para os municípios com população de 750 mil habitantes ou mais; R$ 250 mil para as cidades com população entre 300 mil e 750 mil habitantes; R$ 230 mil para os que têm população entre 100 mil e 300 mil habitantes; e R$ 200 mil para cidades com população inferior a 100 mil habitantes.

Também foi ampliado o valor máximo do imóvel por faixa de renda. Assim, para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil (faixa 3), o valor máximo do imóvel passou de R$ 264 mil para até R$ 350 mil em todos os Estados.


*Com informações da CBIC e da Agência Brasil

Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.