Invite garante que obras do Manami estão dentro da legislação ambiental

Alex Pandini

Divulgação.

 

Concebido para ser conectado ao meio ambiente, o Manami Ocean Living contará com 72 apartamentos de 3 e 4 suítes e uma área de lazer projetada de forma a se conectar com a área da península e o mar que cercam o empreendimento. De olho na mitigação dos impactos durante as obras, a Invite Inc., empresa capixaba responsável pela incorporação do projeto, contratou a P2 Ambiental para fazer todo o trabalho de supressão vegetal no terreno da Península de Guaibura.

 

De acordo com Adriano Pavesi, biólogo com especialização em Engenharia Ambiental e sócio proprietário da P2 Ambiental, os procedimentos que estão sendo realizados no terreno do Manami estão de acordo com todas as normas legais do município de Guarapari.

 

Pavesi explica que o condomínio é considerado uma atividade de impacto local, classificado como condomínio vertical e, por isso, a competência do licenciamento e aprovação do projeto se dá na esfera municipal. “Para que pudéssemos buscar essa aprovação, elaboramos todos os estudos necessários e envolvemos todos os órgãos que precisavam ser consultados. Dentre eles, podemos destacar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a concessionária de energia (EDP) e a de abastecimento de água e tratamento de esgoto (Cesan). Também destaco a parte da vegetação, em que o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) se manifestou de forma favorável”, detalhou Pavesi.

 

Segundo o especialista ambiental, a vegetação existente no terreno tem três classificações: vegetação nativa, restinga e macega, que em linguajar popular significa “mato”. “Temos a área de macega e uma outra porção dessa vegetação é classificada como nativa em estágio inicial, que também prevê a possibilidade de ser suprimida com a autorização do Idaf. E uma terceira área o Idaf classificou, e os estudos mostraram isso, que é uma vegetação do tipo restinga”, explicou.

 

FAUNA E FLORA PRESERVADAS

Ainda conforme o engenheiro, a vegetação da restinga, por força de lei, e devido às características de solo e do tipo de vegetação ali existente, não é passível de ser suprimida. Por este motivo, a área em questão está sendo preservada e segue intocada. Durante esta etapa inicial, também foram identificados alguns espécimes em estado de vulnerabilidade — jacquinias —, que foram resgatados, transportados temporariamente para espaços de cultivo apropriados, e serão realocados novamente para o terreno em etapas posteriores da obra.

 

“Quando chegar o momento oportuno, essas espécies serão devolvidas para o seu ambiente natural, principalmente nos locais onde não houver ocupação ou até mesmo dentro do ambiente de restinga”, destacou o profissional de Engenharia.

 

O biólogo destaca que os estudos ambientais que subsidiam a emissão das licenças para a implantação do empreendimento já buscam identificar os possíveis impactos durante a implantação e as formas de sua minimização e até mesmo a mitigação desses impactos. “Quando a Secretaria de Meio Ambiente nos emitiu a licença ambiental, que dá direito de implantação do empreendimento, já trouxe também as condicionantes que a gente tem de estar cumprindo e observando durante a fase de instalação. Condicionantes estas que nos disciplinam a cumprir todos os critérios ambientais, as formas de mitigar e trabalhar da melhor maneira possível, minimizando ao máximo os impactos durante as obras”, avaliou.

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.