MP de Minha Casa, Minha Vida aprovado no Senado

Luciene Araujo

MP de MInha Casa, Minha Vida aprovada no Senado

MP de Minha Casa, Minha Vida tem mais uma etapa vencida. Agora só depende da aprovação do presidente Lula.

Nesta terça-feira (13/06), o Senado Federal aprovou a medida provisória (MP) 1.162/2023, que reestabelece o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O texto, que só teria validade até hoje, agora segue para sanção da Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

MP de Minha Casa, Minha Vida

O Diário Oficial da União publicou a medida provisória em fevereiro. Desde então, ela já estava em vigor. No entanto, MPs precisam do aval do Congresso no prazo de 120 dias para virarem uma legislação permanente.

A MP definiu três faixas de renda de beneficiados. Nas áreas urbanas, a faixa 1 destina-se a famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640. Assim como a faixa 2 vai até R$ 4,4 mil; e a faixa 3 até R$ 8 mil. Em áreas rurais, os valores são equivalentes, entretanto, contados anualmente devido à sazonalidade do rendimento nessas áreas. Portanto, a faixa 1 abrangerá famílias com até R$ 31.680,00 anuais. Já a faixa 2 vai até R$ 52.800,00; enquanto  a faixa 3, até R$ 96 mil. A atualização dos valores poderá ser feita por ato do Ministério das Cidades, pasta que coordenará o programa.

Ainda sgundo a MP, benefícios sociais, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), e Bolsa Família não serão considerados para o cálculo da renda.

Minha Casa, Minha Vida

A segunda gestão do presidente Lula crioou o programa em 2009. Mas, o governo fedeeral de Bolsonaro o substituíu em 2020 pelo Casa Verde e Amarela. Por meio da MP 1.162/2023, o páis retomou o Minha Casa, Minha Vida no início deste ano. A Câmara dos Deputados aprovou o texto na última semana, a partir do substitutivo do relator na comissão especial, deputado Fernando Marangoni (União-SP).

O setor da Construção aguardava essa aprovação para alavancar novos negócios. Além disso, o projeto pode amenizar o déficit habitacional do país. “A MP é mais um passo para elevarmos os investimentos na construção civil e a consequente geração de emprego e renda. Certamente que Parlamento, governo e o setor da construção ainda vão caminhar de forma integrada em muitos projetos para fomentar o bem-estar social e o desenvolvimento do país”, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

Seguro

No dia 7 de junho, os deputados aprovaram destaque apresentado pelo líder do MDB na Casa, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL). Assim, reincluiram no texto a exigência, voltada às construtoras que atuam no programa, de contratar seguro de danos estruturais nas unidades. A comissão mista havia retirado essa exigência.

No Senado, porém, o senador Flávio Arns (PSB-PR) alertou que o seguro poderia encarecer o preço da obra. O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM) lembrou que havia um acordo na comissão mista para que a previsão desse seguro fosse retirada. O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), assumiu o compromisso de que a matéria será vetada pelo Executivo.

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.