Os caminhos da reconstrução no Rio Grande do Sul

Alex Pandini

Foto divulgação: Dry Wood Ind. Co.

 

Diante da tragédia vivida no Rio Grande do Sul, que enfrenta uma catástrofe sem precedentes, fruto das mudanças climáticas cujo processo se acentuou pela negligência de autoridades e corporações sobre questões ambientais planetárias, o setor da Construção Civil se manifesta pela necessidade de ações urgentes para a reconstrução das comunidades afetadas.

 

Dentro do setor, os segmentos de steel frame, wood frame e construções modulares surgem como potenciais ferramentas para acelerar o processo de recuperação de parques industriais, casas e edifícios destruídos pela inundação no Rio Grande do Sul.

 

O blog traz nesta quinta-feira a opinião da diretora do 7º Congresso Latino-americano de Steel Frame e Construção Industrializada, Luana Carregari. Vamos à ela.

 

“O Rio Grande do Sul enfrenta uma catástrofe sem precedentes que evidencia a negligência em questões ambientais. . A tragédia, que afetou profundamente a vida dos gaúchos, exige ações imediatas, mas além de contabilizar os prejuízos materiais e as vidas perdidas, a população precisa se concentrar na reconstrução de suas comunidades. A infraestrutura, a urbanização e a construção de novas moradias são pontos críticos nesse processo. É nesse contexto que a construção industrializada se apresenta como uma opção essencial, oferecendo sistemas construtivos rápidos e eficientes, com menores impactos ambientais.

 

Luana Carregari. Foto divulgação.

“Os sistemas de construção como Steel Frame, Wood Frame e Construções Modulares têm se consolidado no Brasil e em toda a América do Sul, seguindo o exemplo de países como Estados Unidos, México, Japão e China. Durante a pandemia, vimos a construção de hospitais em tempo recorde utilizando esses métodos. Em fevereiro de 2023, a tragédia no litoral norte de São Paulo, que deixou aproximadamente 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas, foi um exemplo concreto da eficácia da construção industrializada. Com 518 unidades habitacionais, o empreendimento composto por 30 prédios de quatro andares com apartamentos de 41 a 47 m², além de 38 casas térreas, foi feito em um curto espaço de tempo. Do início da montagem no canteiro à entrega das chaves, se passaram apenas seis meses.
“O setor da construção industrializada está se articulando entre associações, câmaras e sindicatos, junto com a esfera pública, para coordenar ações e desenvolver soluções inovadoras nesse cenário de crise. A cadeia produtiva desse setor está preparada para aportar seu know-how na reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul. Importantes players e plantas industriais desses sistemas estão localizados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, prontos para contribuir com a recuperação da região. Empresas representativas como Master Wall, Center Steel, Espaço Smart, Quick House e Imecon, situadas na área de Porto Alegre e Grande Porto Alegre, têm a expertise necessária para liderar esses esforços.
“O segmento também se mobiliza para debater inovações e o futuro da construção no 7º Congresso Latino-Americano de Steel Frame e Construção Industrializada, previso para acontecer nos dias 24 e 25 de outubro de 2024”.
Foto de Alex Pandini

Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.