Uma iluminação bem trabalhada pode dar uma sensação de mais conforto ou exigir mais a atenção de quem frequenta aquele ambiente. A depender de uma luz mais fria ou quente, direta ou indireta, um bom projeto de luzes é capaz de tornar o ambiente mais aconchegante e acolhedor.

Segundo o arquiteto Júnior Cunha, a aplicação da iluminação do ambiente pode potencializar ainda mais um projeto que já é bem feito ou, até mesmo, mascarar possíveis imperfeições. Portanto, o uso deve ser de maneira inteligente para favorecer o ambiente em diversos aspectos.

“Uma boa dica é entender que podemos, sim, colocar um único ponto de iluminação principal no ambiente e iluminá-lo muito bem. Entretanto, nem todos os ambientes precisam ter aquela única iluminação central, dando conta de tudo, e aí que está o uso inteligente da iluminação”, disse.

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Júnior destaca que é preciso compreender também que existem as estratégias na hora de iluminar, podem ser de maneira direta ou indireta, que cumprem o papel de iluminação geral ou pontual.

“Usualmente, nos casos de iluminação geral, independente de ser direta ou não, são feitas por meio de pendentes, plafons, painéis de leds e afins. Enquanto no tipo de iluminação focal ou pontual, os quais são geralmente utilizados para destacar ou valorizar pontos específicos dos ambientes, suas características ou decorações, são utilizados spots, balizadores, pendentes com iluminação pontual, fitas de leds, perfis e afins”, explica.

Veja a iluminação indicada para cada ambiente

Sala de Jantar/Estar:

Uso de um pendente de iluminação direta e de maneira focal sobre a mesa de jantar com lâmpadas de temperatura de cor mais para o neutro/quente estimula a apetite e valoriza as cores dos alimentos. Iluminação principal da sala com efeito direto e de maneira geral com perfil linear em temperatura de cor mais para neutro e frio.

Pontos de iluminação pontuais em temperatura de cor exclusivamente quente, valorizando a decoração ripada com spots de iluminação direta e destacando o painel de TV e revestimento da parede através de uma iluminação indireta (escondida na marcenaria provavelmente de fita de led).

Dormitório:

A ausência de iluminação diretamente sobre a cama é uma tendência muito interessante, pois a pessoa ao deitar, não ficará com àquela iluminação diretamente nos olhos. Ao invés disso, terá a presença predominante da utilização de uma iluminação mais indireta, pontual e de temperatura de cor mais para o quente em todos os pontos, a tríade perfeita para se alcançar um quarto aconchegante para àqueles que assim desejam.

Escritório/Homeoffice:

Como dito anteriormente, ambientes de trabalho demandam atenção e foco, portanto, indica-se iluminação voltada mais para tons frios, logo, na imagem, percebemos a utilização de um ponto de iluminação pontual de maneira indireta sobre a mesa (ótima pedida para quem possui estações de trabalho e estudo dentro dos quartos, pois sendo de maneira pontual, não precisa ficar ligado o tempo e não conflita com o restante do quarto).

Banheiro

Uma boa dica em banheiros é a utilização de fonte de luz colorida ou preferência da cor azul. Esta técnica é conhecida como cromoterapia e possui efeitos particulares sobre aqueles que a utilizam enquanto tomam banho, como: redução de irritabilidade e insônia, auxilia no relaxamento do corpo, trabalho com a parte lúdica com as crianças, entre outros benefícios.

Iluminação que valoriza o projeto

Por fim, Júnior destaca que a iluminação é um recurso determinante para a valorização de um projeto de arquitetura/interiores.

“Mesmo quando não há um toque inteligente, já faz toda uma diferença e é importante também apontar que feito de maneira correta, o que pode auxiliar na economia de luz, pois nem todos os pontos precisam estar ligados de uma vez, onde a ocasião ditará o uso”, explica.

“Se voltarmos na questão entre distribuir a iluminação pelo ambiente ou utilizar apenas uma geral, ao optar por esta última, precisaremos de um ponto muito mais potente e consumidor de energia, do que optar por distribuí-la ao longo do ambiente, pois em termos práticos, se colocarmos o consumo de um spot, próximo a de um painel de led sozinho que ilumina tudo, chegaremos à conclusão que o spot consegue bem menos do que a metade do primeiro”, finaliza.