De acordo com a Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial vêm subindo desde o início de 2021. Apenas no mês de fevereiro, foram 90 pedidos, alta de 11% em relação ao mesmo período de 2020, e de 83,7% em relação a janeiro. As micro e pequenas empresas também sofrem com esse problema, tanto em função do agravamento da pandemia quanto da maior fragilidade financeira e da falta de planejamento neste caso. Nesse sentido, em situações de grande fragilidade e alto risco de insolvência, uma das possíveis saídas é a venda da firma para um comprador que consiga maior escala para recuperar o negócio ou, até mesmo, uma fusão que permita a captura de sinergias.
Neste cenário, o M&A mostra-se como uma das alternativas que possibilitam aos empresários fugirem da dor de cabeça de um processo de falência, salvando empregos e garantindo a perpetuação da instituição e de seu legado empresarial.
As fusões & aquisições, do inglês mergers and acquisitions (M&A), ocorrem quando uma empresa vende ou compra participação em outra outra entidade, ou mesmo através de uma combinação de negócios.
Mas apesar da importância desse processo, a maioria das companhias que iniciam conversas com potenciais compradores ou investidores não concluem o negócio. Alexandre Borborema, Head de M&A, Private Equity e Venture Capital da Apex Partners explica que isso ocorre porque a maioria abre essas negociações de forma despreparada e sem conhecer ou endereçar os pontos críticos e riscos de seus negócios.
“Temos uma prática de assessoria financeira em fusões e aquisições que ajuda empresas em processos desse tipo. O M&A é um instrumento importantíssimo para empresas não somente grandes, mas também pequenas e médias, porque proporciona liquidez para a participação societária em empresas de capital fechado. É este o mecanismo que permite que sócios de empresas privadas consigam vender suas participações, seja pela ausência de sucessão dentro de uma empresa familiar ou simplesmente porque desejam uma saída do negócio, por qualquer motivo pessoal”, destacou ele em entrevista ao Mundo Business. Assim, a partir da análise de informações históricas e projetadas feita pelos profissionais de M&A e de uma preparação tática cautelosa do processo, é possível aumentar as chances de sucesso em uma negociação com potenciais interessados.
A preparação prévia e a capacitação financeira em processos de fusões e aquisições permite que a companhia alinhe sua expectativa de preço de venda à realidade de mercado, o que aumenta significativamente as chances de concretização de um bom negócio. Além disso, se preparar para uma fusão ou aquisição com antecedência permite que a empresa faça um autodiagnóstico de seus processos contábeis, financeiros, tributários e trabalhistas, de forma a mitigar riscos que poderiam se materializar em passivos futuros: as tão temidas contingências em processos de M&A, que comem parte do preço da transação.
“O M&A possui outras aplicações ainda são pouco usadas pelas empresas médias brasileiras. Trata-se de uma ferramenta fantástica de prosperidade empresarial que as grandes empresas utilizam muito bem, proporcionando crescimento acelerado por meio da compra de outras empresas”, destacou Borborema.
O crescimento por meio de aquisições ou fusões é uma poderosa estratégia de expansão acelerada, que permite o acesso a novos mercados geográficos, o domínio de novas tecnologias e know-how, bem como a captura de sinergias pelo comprador. Crescer através de aquisições é mais rápido que crescer organicamente e se mostra uma estratégia interessante para companhias buscando a liderança em seus mercados.
Uma das maneiras de financiar o crescimento, seja orgânico ou por aquisições, é a capitalização da empresa, através da venda de participação a novos sócios, a exemplo dos fundos de Private Equity. Estes captam recursos junto a investidores a fim de aplicar em empresas de capital fechado. Aqui no Espírito Santo, a Apex Partners traz essa solução para o mercado capixaba. Por meio de sua prática de Private Equity, a Apex Partners estrutura e aloca capital, investindo em empresas privadas com alto potencial de crescimento.
Em quaisquer dessas operações, preparação e planejamento tático com antecedência são cruciais a fim de evitar que as negociações morram na praia, como a maior parte dos negócios iniciados no país.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
