Out 2022
4
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

Out 2022
4
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

A eleição em São Paulo

Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disputará o 2º turno com Fernando Haddad (PT) pelo Palácio dos Bandeirantes.

“Desde o início de nossa apuração em São Paulo, no início de agosto, Tarcísio já estava em primeiro lugar na pesquisa espontânea. Apesar de estar atrás de Haddad na estimulada, esse resultado já indicava a competitividade do ex-ministro da Infraestrutura”, afirma Orrico.

Ao longo da disputa, houve crescimento do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que contava com “a máquina”, mais de sete mil obras em andamento e bons resultados de recuperação econômica no estado. Porém, tendo assumido o cargo somente em abril, Garcia ainda era pouco conhecido do eleitorado paulista — e o período de campanha e exposição não foram suficientes para superar Tarcísio, que cresceu de forma acelerada. “Na verdade, ele acabou perdendo um pouco dos votos na reta de chegada porque ficou claro para o eleitorado que a eleição era, na verdade, entre Tarcísio e Haddad”, explica Orrico.

Já na disputa para o Senado Federal, não adiantou os apoios de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), Márcio França (PSB) foi derrotado para Marcos Pontes, ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações.

“O eleitorado de São Paulo é muito conservador. França não perdeu a eleição para Pontes, ele perdeu para Bolsonaro e Tarcísio, pois sua votação foi essencialmente puxada por eles”, diz o Diretor da Futura Inteligência.

A pesquisa Futura também acertou a votação de Bolsonaro em São Paulo, que ganhou com quase 10 pontos de vantagem sobre Lula. A pesquisa em São Paulo foi divulgada três dias antes da eleição. Clique na imagem ao lado para conferir o resultado.

As eleições em Minas Gerais

Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) foi reeleito. Quando assumiu em 2019, tinha muitos desafios a enfrentar em virtude de MG ser dos estados em pior situação fiscal do país, enfrentar um cenário com salários de servidores parcelados e, apesar da necessidade de realizar muitas reformas para equilibrar a gestão do estado, contava com um partido debutante que obteve somente quatro deputados estaduais na Assembleia no pleito em 2018. A campanha de Zema trabalhou justamente esse legado de equilíbrio dos estados e retomada econômica.

Apesar da disputa com Alexandre Kalil (PSD) e do Senador Carlos Viana (PL) contar com o apoio de Bolsonaro, Zema conseguiu eleger-se em primeiro turno. Apesar de figurar como partido do presidente, após o resultado Viana afirmou que o resultado ruim (somente 8%), se deu pelo apoio não ser tão enfático como esperava.

Já na disputa para Senado, Cleitinho (PSC) — identificado com o bolsonarismo — venceu Alexandre Silveira (PSD) e Marcelo Aro (PP), este apoiado pelo governador Zema.

“Cleitinho sempre liderou, não foi uma surpresa. Na reta final, diante de muitos ataques, ele até perdeu um pouco de consistência, mas conseguiu vencer. Contribuiu para esse cenário também o fato de que o apoio de Zema não ter conseguido transferir tantos votos a seu candidato”, afirma Orrico.

“Bolsonaro perdeu em MG por 2-3 pontos de diferença, em uma distância que nosso levantamento, que apontava vitória por pouca diferença do atual presidente, não capturou tanto, mas vale dizer que nossa pesquisa foi a campo faltando 15 dias antes da votação, um momento crítico para a tomada de decisão de boa parte do eleitorado. De toda sorte, acertamos o resultado dos eleitos porque a tendência que mostrávamos desde agosto se confirmou”, explica o responsável técnico da Futura Inteligência. Clique na imagem ao lado para conferir o resultado.

Postado Agora

A eleição no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro o atual governador Cláudio Castro (PL) conseguiu a reeleição em primeiro turno, a despeito do crescimento do principal adversário, Marcelo Freixo (PSB).

O deputado federal bem que tentou. Moderou o discurso, saiu do PSOL e compôs chapa com o antigo adversário Cesar Maia (PSDB). “Não adiantou o movimento de Freixo. Castro conseguiu manter a dianteira e com a força da máquina e do apoio de Bolsonaro se elegeu”, explica Orrico.

“Diante de tantas crises no estado (política, econômica, na segurança pública), em 2018 a estrutura política tradicional fracassou no Rio de Janeiro. Assim, Wilson Witzel elegeu-se governador naquela eleição. Porém, nessa tentativa, a política tradicional o tirou do poder, com um impeachment. Seu vice, Castro, assumiu, e em 2022 contou com essa mesma estrutura política tradicional do estado para vencer novamente”, analisa.

Mesmo feita 10 dias antes da eleição, a pesquisa Futura indicava a vitória de Castro e a reeleição ao Senado de Romário (PL), partido do presidente Bolsonaro, que superou o deputado federal Alessandro Molon (PSB). Clique na imagem abaixo para conferir o resultado.

Postado Agora

"Não olhamos candidatos ou partidos, olhamos os números e a metodologia", afirma Diretor Executivo da Futura Inteligência

Foi assim que Felipe Caroni (foto ao lado) resumiu o trabalho desenvolvido pela Futura Inteligência nos levantamentos eleitorais. “Somos uma empresa com 30 anos de reputação construída com lisura, competência técnica e trabalho em equipe. Durante todo o processo eleitoral mantivemos a mesma metodologia que adotamos, mesmo quando os resultados colhidos destoavam de outros institutos”, explica. “Agora o foco é continuarmos analisando os números e o que eles indicam de tendências para as disputas em 2º turno”, complementa.

Uma pesquisa divulgada no início do ano pelo Pindograma, organização especializada em análise de dados, já tinha apontado o prestígio da Futura Inteligência. Entre 185 empresas avaliadas, a companhia de pesquisa e dados capixaba foi uma das 12 empresas de pesquisas que alcançou a Nota Máxima (A) no ranking publicado.

A Futura trabalha com pesquisas de inteligência de mercado para orientar empresas para melhor tomada de decisão e também com levantamentos eleitorais.

As pesquisas da Futura Inteligência citadas nesta coluna estão registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob os seguintes números: Para a disputa presidencial (BR-06743/2022), em São Paulo (SP-03528/2022 e BR-06588/2022), em Minas Gerais (MG-00994/2022 e BR-08195/2022), em Rio de Janeiro (RJ-00862/2022 e BR-05063/2022).

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas