Entre 2020 e 2021, em função da pandemia, muitos brasileiros tiveram sua renda mensal reduzida de forma considerável, porém, infelizmente, as contas a pagar não seguiram essa mesma lógica. Segundo dados do Boa Vista SCPC, no ano passado, apenas 48% dos brasileiros conseguiram manter as suas contas em dia durante a quarentena.
Na mesma pesquisa, 21% dos entrevistados afirmaram que precisaram pedir um empréstimo para conseguir equilibrar as contas. Mas, apesar de ser uma das saídas, fique atento às condições oferecidas a fim de evitar outras complicações futuras.
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Em geral, existem duas condições que fazem com que as pessoas peçam empréstimos: realizar algum sonho que não coube no orçamento ou resolver problemas financeiros. No primeiro caso, não necessariamente isso seria um problema, pois é possível haver planejamento financeiro e pesquisar condições mais vantajosas para realizar o sonho e incluir as parcelas em seu orçamento.
Já no segundo caso, o impasse é maior. Se houver a necessidade de contratar um empréstimo para pagar as contas, significa que uma substituição de problemas foi realizada, pois, basicamente, troca-se uma dívida por outra. Assim, antes de entrar em contato com um banco e solicitar os serviços, entenda quanto de sua renda mensal pode ser comprometida para efetivar o pagamento futuro. Isso porque as contas mensais irão continuar na mesma proporção e ainda terá uma nova conta a pagar, que no caso será a parcela do empréstimo.
Outra dica se baseia no famoso ditado popular: “a pressa é inimiga da perfeição”. Em suma, não feche com a opção que seja aparentemente mais fácil, sem fazer uma ampla pesquisa das instituições financeiras que podem prestar esses serviços, pois existem variações muito grandes de taxas e condições, logo, pesquisas e comparações são fundamentais. Vale lembrar que existem diversas categorias de empréstimos que você pode contratar, sendo que os empréstimos com garantia e empréstimos consignados, são opções mais “baratas”. Assim, busque a que melhor se enquadra à sua necessidade e suas condições.
Por outro lado, verifique os “custos acessórios”, que são aquelas despesas extras que quase ninguém repara, como taxas de abertura de crédito e de cadastro. Existem também alguns produtos que são “vendidos” de forma casada com o empréstimo, como seguro , capitalização, entre outros. Isso é proibido e caso alguém condicione a liberação do empréstimo apenas no caso de contratar algum outro produto, faça reclamação nos órgãos responsáveis, pois isso é uma prática ilegal. Também preste atenção ao custo efetivo total (CET) e não apenas à taxa de juros, pois, apenas o CET mostra de fato o custo final e total do empréstimo.
Além disso, fique atento aos golpes: existem diversas ofertas na internet que combinam as melhores condições do mercado, mas, em caso de dúvida, contrate empréstimos somente de instituições financeiras com as quais você já se relaciona ou conhece bem.
Em muitos casos, grande parte dos problemas financeiros e, consequentemente relacionados a empréstimos, ocorrem porque as pessoas não possuem o hábito de falar sobre dinheiro. Caso haja a necessidade de contratar esses serviços, questione, conteste e busque entender todas as condições propostas, inclusive as “letras miúdas” do contrato. Apenas você arcará com os benefícios e malefícios dessa situação. Por isso, não tenha vergonha de falar sobre dinheiro e dívidas, pois apenas conversando e pesquisando, irá encontrar as melhores opções para você.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
