Não é novidade que aplicar na poupança é perder dinheiro. Mas com a inflação subindo cada vez mais esse cenário passa a ser ainda mais drástico, visto que, além de maior perda do poder de compra, a rentabilidade da poupança ainda é muito baixa comparativamente em relação a outros investimentos.
Nesse sentido, nos últimos 12 meses a rentabilidade real da poupança, ou seja, ao descontar a inflação medida pelo IPCA, foi de -7,15% até agosto.
As perdas, em relação à inflação, registradas pela poupança no último mês são as maiores das últimas décadas. Historicamente, o maior nível de perdas registrado foi em outubro de 1991, quando o poupador perdeu 9,72% em 12 meses, de acordo com pesquisa da Economática. Além disso, o investidor perdeu poder aquisitivo pela décima segunda vez consecutiva em agosto.
Após a regra estabelecida em 2012 pelo governo, a rentabilidade da poupança passou a ser calculada da seguinte forma:
Dessa forma, hoje, com a Selic em 5,25% ao ano, a regra que vale é de 70% da mesma taxa mais TR, que está em zero. Assim, o rendimento passará a ser de 3,675%.
Para se ter uma ideia, hoje já existem títulos de renda fixa com risco quase zero com taxas de mais de 120% do CDI, indicador que acompanha a Selic. Além disso, os títulos indexados ao IPCA, por exemplo, garantem a rentabilidade real mais uma taxa que hoje está por volta de 5% a depender da aplicação. Ou seja, como sempre, o rendimento da poupança passa vergonha.
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