É claro que não existe uma fórmula mágica para isso, mas vocês podem encontrar algumas formas de analisar a situação específica do casal para, então, definir quais serão as responsabilidades de cada um e traçar um plano para administrar os custos.
Vamos mostrar a situação atual da maioria dos brasileiros em relação a isso, e como administrar estas questões, que são financeiras, mas que interferem no relacionamento.
Atualmente, em grande parte dos lares brasileiros nem mesmo há uma divisão, sendo que em 33% deles apenas um morador é responsável por arcar com todas as despesas sozinho. Já para 20% as contas são divididas igualmente entre os moradores que possuem renda, e em 17% dos casos os compromissos são divididos de acordo com o salário dos moradores.
É interessante observar estes padrões para entender onde você se insere e quais são as possibilidades mais lógicas. Estes dados foram extraídos de levantamento realizado, em todas as capitais, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Também vale a pena observar que 23% dos brasileiros afirmam que os gastos não são discutidos entre os membros da família. Neste caso, uma decisão final cabe a apenas um morador, o que dificulta o controle financeiro. Já para 52% das pessoas as decisões sobre o que comprar são tomadas em conjunto sempre. Neste caso, vale analisar se essa solução seria ideal para você e seu(a) parceiro(a), pois pode comprometer bastante a liberdade e individualidade de cada um.
Em primeiro lugar, conversem sobre a decisão ideal para vocês, tentem considerar a opinião de cada um e adequar da melhor maneira. De forma geral, para chegar à decisão, é importante levar em consideração as seguintes questões:
E como isso se aplica na prática? Se um ganha muito mais do que o outro e vocês quiserem levar um padrão de vida adequado ao salário dessa pessoa, pode ser o caso de dividir proporcionalmente de acordo com o valor recebido. Ou, se os gastos individuais de um são muito maiores do que os do outro, pode ser o caso de não fazer exatamente uma divisão destes e cada um pagar o seu. Mas se ambos têm padrões de gastos e salários muito parecidos, pode ser o caso de realizar as coisas em conjunto.
No fim das contas, o que vale é como vocês avaliam ser ideal dividir isso. Se ambos não estiverem alinhados sobre como essa dinâmica vai funcionar, ela com certeza terá tudo para dar errado.
Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
