James Guerreiro: “saber olhar para si, suas fortalezas e seus gaps é um excelente ponto de partida”

A Brametal lidera o segmento de estruturas metálicas para torres de transmissão no Brasil, com a maior capacidade e confiabilidade do mercado. Em 2023, a empresa cresceu de forma sólida e houve uma grande aceitação pelo mercado do novo tracker solar, produto que já representa um parcela importante dos negócios.

Em 2024, a Brametal pretende atuar fortemente na excelência operacional, evoluindo em processos e tecnologia, desenvolvendo cada vez mais as pessoas e garantindo a excelência no atendimento aos clientes, avançando, inclusive, rumo a novos negócios nos próximos anos.

O CEO da Brametal é James Guerreiro, eleito líder empresarial na categoria Fabricação de Produtos Metálicos. Saiba mais sobre ele na entrevista a seguir.

 

O que ser líder representa para você, pensando em sua própria atuação, em seus liderados e no mercado? 

Liderança é ser exemplo para as pessoas que lhe acompanham todos os dias, quer você as veja ou não. É doação e, certas vezes, privação. É saber ouvir, “montar o quebra-cabeças” e ser assertivo e empático na comunicação. É uma perseverança inteligente, especialmente em situações difíceis. É um propósito, sem isso ser um fim em si mesmo e que deve estar absolutamente alinhado ao propósito da empresa. Costumo dizer que não tem “glamour” em ser líder, mas, sim, responsabilidade com os mais variados stakeholders e com a sociedade em geral.

Neste ano, você foi considerado líder por meio de uma pesquisa realizada entre outros empresários. A que atribui a sua vitória entre esse público? Qual é a importância de ser reconhecido líder por eles?

Ser reconhecido como um líder empresarial por pessoas importantes para a economia do nosso país, entre as quais algumas que admiro, chega a ser desconcertante, mas atribuo esse reconhecimento à própria Brametal, ao que ela representa para o estado do Espírito Santo e para o Brasil. E, como negócios são feitos de pessoas, esse reconhecimento, merecidamente, é do timaço Brametal.

A que movimentos o gestor precisa estar atento dentro e fora da empresas para ser reconhecido como um verdadeiro líder?

Não creio que haja uma regra de bolso. Estar verdadeiramente atento a movimentos já é, por si só, uma grande qualidade do líder. Há que saber se adaptar e adaptar as empresas rapidamente a eles, antevendo-os, sempre que possível, e tomando as melhores decisões. A maioria de nós gosta de crescer, da curva positiva etc., mas há momentos delicados em que o líder precisa reduzir de tamanho, renegociar dívidas ou fechar uma empresa. Em todos os casos, sempre há uma forma mais adequada de conduzir, e o líder será lembrado não só pelas suas ações, mas, muitas vezes, pelo “perfume” delas. Vale a pena caprichar.

Quais são os pilares de uma liderança de sucesso?

Essa é uma discussão muito boa e que mereceria outros livros a respeito, além dos muitos já escritos e consagrados, mas eu fico com propósito, valores, comunicação, dedicação e capacidade, além, claro, do time.

Quais são as competências e habilidades que você mais valoriza e esforça-se para incentivar no seu time?

As mais variadas e clássicas, mas aqui eu gostaria de falar sobre desenvolvimento. Estar em constante evolução, não importa de onde você tenha vindo, que posição ocupe ou quantos anos tenha. Esse, para mim, é o meio pelo qual você encontrará muitas respostas, seja na vida pessoal ou profissional. Alguém muito inteligente pode ter uma limitação emocional que o priva de viver e entregar determinados desafios, assim como uma pessoa muito equilibrada emocionalmente e resiliente pode olhar para sua “caixa de ferramentas” e não encontrar o que precisa naquele momento. Saber olhar para si, reconhecer as suas fortalezas sem vaidades e os seus gaps sem frustração é um excelente ponto de partida. A partir daí, e com o estado de consciência correto, ser melhor do que ontem. Faça isso verdadeiramente e, com o tempo, veja o resultado em você mesmo e a sua volta.

O tema de Líder Empresarial deste ano é “O reflexo das maiores lideranças do estado”. Pensando na metáfora do espelho, a liderança que você exerce em seu segmento é reflexo do quê ou de quem? E quando as pessoas olham para você, o que deseja que elas enxerguem?

Creio que a minha liderança seja o reflexo de todos os professores que tive e que ainda tenho, formais ou informais, mais velhos ou mais novos. Nas empresas, como na vida, tudo ensina, tudo comunica, até o que não “fala”. Estar permanentemente atento e aberto ao aprendizado lhe permite, inclusive, errar e aprender novamente. Se as pessoas, então, ao olharem para mim, virem alguém genuinamente em constante evolução, terão enxergado uma parte importante da minha essência, o meio pelo qual desenvolvo competências técnicas e comportamentais. E isso parece que ainda fará sentido por muitos e muitos anos…

 

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