O modelo integrado de gestão como ferramenta gerencial para o líder empresarial

* Por Paulo Wanick

 

Na ocasião de celebrarmos mais um ano de reconhecimento aos nossos principais líderes empresariais capixabas, sempre procuramos invocar suas qualidades muito mais associadas principalmente aos soft skills, como liderança, desprendimento, ousadia, espírito colaborativo, transparência, ética e integridade, dentre tantos outros. É decerto sim sempre enaltecer essas e outras virtudes das lideranças empresariais, pois são e deverão sempre ser percebidos e reconhecidos como referências em suas áreas de atuação e principalmente por toda a população empresarial sob suas influências diretas e indiretas.

No entanto sabemos também que não basta terem somente tais predicados qualitativos para administrarem negócios e pessoas, mas sobretudo devem ter seus próprios modelos de gestão que devem alicerçar o dia a dia dos negócios que lideram. Dentre as mais diversas conceituações de modelo de gestão empresarial, particularmente gosto daquela que o define como um conjunto de estratégias e práticas para conduzir o gerenciamento de um negócio e trazer resultados positivos e sustentáveis.

Assim, cada líder empresarial reconhecido neste ano, e certamente todos os dos anos anteriores, possuem seus próprios modelos internos de gestão, sendo muitos deles já consagrados, como boa prática no mercado e nas principais academias do planeta. Particularmente, recomendo sempre o modelo publicado em 2017 pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO – Comitê das Organizações Patrocinadoras), acerca do modelo de gestão de riscos Enterprise Risk Management—Integrating with Strategy and Performance (Gerenciamento de Riscos Corporativos integrado com a Estratégia e o Desempenho), buscando ressaltar a importância de considerar os riscos tanto no estabelecimento da estratégia quanto na condução do desempenho dos negócios.

O “Modelo Integrado de Gestão” trouxe em seu núcleo central a integração de fato de três dos principais pilares da administração: (i) a estratégia empresarial, (ii) a gestão de riscos e (iii) o monitoramento da performance do negócio. Decerto os líderes devem procurar primeiro definir as estratégias, os propósitos e os objetivos do negócio, suas alavancas de valor e as metas de curto, médio e longo prazos. A partir dessas definições estratégicas, é necessário conhecer e agir em prol da eliminação e/ou mitigação dos riscos existentes em todas as instâncias do negócio e, finalmente, monitorar se a execução e a comunicação estão atingindo de fato os objetivos previstos e esperados.

Tais como quaisquer trabalhadores, os líderes também precisam de boas ferramentas para exercer melhor as suas atividades e responsabilidades.

 

Paulo Wanick é presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES) e diretor de Finanças da ArcelorMittal Brasil – Aços Planos

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