Abr 2021
16
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Abr 2021
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Tiago Pessotti
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porTiago Pessotti

O papel das fusões e aquisições para o crescimento das empresas

As fusões e aquisições são formas de expandir uma empresa, por meio da união de negócios ou pela venda, expandindo a estrutura ou o domínio de uma empresa de forma inorgânica, com a incorporação da estrutura de outras empresas.

“O M&A é uma ferramenta poderosa de crescimento e prosperidade empresarial, pois ela proporciona a aceleração da curva de crescimento, acesso a novos mercados e produtos, defesa de posição por meio da aquisição de concorrentes, bem como a aquisição de know-how e tecnologias”, apontou Alexandre Borborema, Head de M&A da Apex Partners.

Assim, diversas empresas estão fazendo aquisições de outras empresas, de olho em aumentar o market share — fração do mercado dominada pela empresa —, possibilitando o aumento do lucro, bem como maior diversificação do negócio.

Borborema destaca que, embora no Brasil essas operações sejam mais comuns de ocorrer por grandes empresas, as de médio porte também podem recorrer às fusões e aquisições para acelerar seu crescimento.

Agenda forte de fusões e aquisições em 2021

Foram 129 transações anunciadas apenas em dezembro de 2020, 13% acima do mesmo mês de 2019. Já em 2020, foram 1038 transações, 48% superior à média dos últimos cinco anos, de acordo com relatório da consultoria PwC.

Algumas empresas listadas em bolsa, inclusive, realizaram IPOs e follow-ons justamente para se capitalizarem para realizar aquisições, ou mesmo para distribuírem capital aos acionistas, sob a forma de dividendos ou recompra de ações.

Nesse sentido, cabe destacar alguns cases principais de empresas com perspectivas de agendas fortes de fusões e aquisições neste ano.

É o caso da Rede Do’r (RDOR3), que fez o terceiro maior IPO da história do Ibovespa em 2020 ao captar R$ 11,39 bilhões, prometendo uma extensa agenda M&A para 2021 e que já vem sendo cumprida no primeiro trimestre. O grupo visa adquirir cerca de mil leitos por ano nos próximos cinco anos, aumentando ainda mais a sua participação no mercado. Já foram adquiridos 585 leitos incluídos por meio de aquisições.

A empresa também anunciou a aquisição de 51% do Hospital Nossa Senhora das Neves, com a melhor infraestrutura hospitalar da Paraíba. Com isso, a estimativa é de que a receita líquida aumente R$ 320 milhões, tendo sido pago R$ 550 milhões pelo empreendimento.

Já a Fleury (FLRY3) adquiriu 67% do capital da Vita por R$ 16,8 milhões, equivalente a 1,6% do valor de mercado dela. A companhia pretende expandir os serviços ortopédicos da empresa pelo Brasil, visto que a Vita é referência em ortopedia. Com a aquisição, foi incorporado R$ 190 milhões em receita bruta, o equivalente a 6% das receitas da Fleury.

Por fim, a Hypera (HYPE3), maior farmacêutica do Brasil, também tem intensificado sua agenda de M&A. Se beneficiando da incorporação do Buscopan e de parte do portfólio da Takeda, a empresa quer atingir R$ 5,9 bilhões em receita líquida, uma alta de 44% na comparação anual. Além disso, projeta-se investimento de R$ 500 milhões em expansão em 2021, uma alta de 44% no ano.

Dessa forma, as perspectivas de novas aquisições podem significar uma forma de destravar valor e proporcionar um crescimento além do esperado para as empresas.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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