A análise de uma ação envolve diversos indicadores mais complexos do que apenas olhar para o P/L e o dividend yield, por exemplo. E não apenas indicadores, mas analisar a totalidade da empresa, por meio de questões como seu modelo de negócios, perspectivas de crescimento, dinâmica do setor, entre outros.
Assim, vale sempre lembrar que o ideal é analisar não apenas a ponta do iceberg da análise fundamentalista, mas sim entrar a fundo na empresa para entendê-la. E apenas depois investir.
A melhor maneira de aprofundar suas análises é aprendendo valuation. Este é o termo, em inglês, que dá nome ao processo de avaliação de uma empresa. Ele metrifica o valor de um negócio com base em modelos quantitativos para avaliar a situação financeira e as perspectivas de crescimento.
Dessa forma, a ideia é quantificar o valor intrínseco do negócio, isto é, o preço justo dele, e não com base nas flutuações de mercado.
Alguns dos principais indicadores levados em consideração nesta análise são: Dividend yield (proventos pagos/preço), LPA (lucro por ação), P/L (preço/lucro), P/VPA (preço/valor patrimonial), EV/EBITDA (valor da firma/ lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ROE (retorno sobre capital social), entre outros.
Há mais de 300 empresas na bolsa e cada uma tem sua complexidade. Por exemplo, você sabia que a forma de analisar os indicadores de uma empresa varia a depender de seu setor? E ainda tem as empresas do mercado internacional se você pretende investir.
Ou seja, é completamente natural que você não consiga dar conta sozinho de analisar a fundo todas elas. Se você tem outra profissão que não no mercado financeiro então o tempo é ainda mais escasso, sem falar em outras tarefas cotidianas.
E ainda há a questão do conhecimento técnico que é necessário para fazer um valuation. Muitos profissionais se dedicam em tempo integral para isso. Nesse sentido, se você não atua no mercado financeiro, pode ser interessante delegar a análise destes ativos para algum profissional qualificado, ou fazer aplicações com gestão passiva, em que você não precisa escolher os ativos em si, mas sim alguém para fazer essa escolha para você.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
