Anvisa proíbe venda de café produzido por empresa capixaba

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e a proibição de todos os produtos alimentícios e cafés da marca capixaba Vibe Coffee Ltda.

Com isso, desde a proibição, que aconteceu na segunda-feira (03), a empresa não pode mais comercializar, distribuir, fabricar, divulgar e fazer uso desses produtos. 

Segundo a Anvisa, a ação fiscal foi motivada após o Núcleo Especial de Vigilância Sanitária (Nevs) do Espírito Santo constatar irregularidades cometidas pela empresa no processo de fabricação dos produtos.

De acordo com o Relatório de Inspeção Sanitária emitido pelo Nevs, a marca não possui licença sanitária e disponibiliza os itens sem regularização em seu site de compras e em outras plataformas de vendas on-line.

Além disso, a Anvisa afirmou que foram observadas falhas graves, em desacordo com as boas práticas de fabricação, como ausência de rastreabilidade, ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização. 

Com a suspensão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), seis marcas de café já foram proibidas pelo órgão neste ano.

Manifestação da empresa

Por meio de nota publicada em suas redes sociais, a Vibe Coffee alegou que a proibição sobre as vendas dos cafés pela Anvisa é falsa.

“A empresa não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto ao órgão”, diz.

Além disso, a empresa afirmou que foi ela que solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária Estadual, com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do Alvará Sanitário e que, durante a inspeção, foram identificadas algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão.

A nota ainda destaca que, devido a essas observações, suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias. Essas ações foram iniciadas há uma semana e têm previsão de conclusão até esta sexta-feira (07).

Após as correções, a Vibe Coffee afirma que enviará todas as evidências para a Vigilância para reavaliação e liberação das operações.

O Folha Vitória entrou em contato com a empresa, mas até não obteve nenhum retorno até a publicação desta matéria.