Radioterapia no ES se equipara a dos maiores centros do Brasil

Com tecnologia de última geração, Hospital Santa Rita oferece mais eficiência e conforto ao paciente oncológico.

Adquiridas no mês de outubro e com previsão de chegarem ao Hospital Santa Rita em fevereiro do próximo ano, as tecnologias de Cone Beam Computed Tomography (CBCT), Clarity Autoscan 4D e Active Breath Coordinator (ABC) compõem o mais alto padrão de tratamento radioterápico. Tomografia e ultrassonografia combinadas em tempo real e associadas ao controle do movimento respiratório para monitoramento do posicionamento de diversos órgãos, como próstata, mama, pulmão, pâncreas e vários outros, tornarão o tratamento com radioterapia mais preciso, confortável e eficaz.

Com essa nova tecnologia, o Santa Rita passa a ser a única unidade hospitalar do estado a possuir CBCT, além de controle de movimentação intrafração e respiratório. Com o CBCT, explica o médico radioterapeuta Carlos de Freitas Rebelo, será possível obter imagens tridimensionais da anatomia do paciente segundos antes da aplicação da radiação, garantindo uma maior acurácia na irradiação do alvo tumoral, poupando tecidos sadios.

No que diz respeito ao ABC, será possível controlar confortavelmente o ciclo respiratório das pacientes distanciando órgãos importantes, como o coração, da região do tratamento primário, principalmente em tumores de mama esquerda. O ABC também promove a limitação da movimentação do tumor, fato determinante para a efetividade do tratamento dos cânceres de pulmão, fígado e pâncreas, por exemplo.

Historicamente, explica o médico, o tratamento padrão de radioterapia dura, em média, entre 25 e 35 sessões. Com a nova tecnologia, utilizada nos principais centros de oncologia do mundo, pode-se chegar a apenas cinco sessões de terapia, trazendo maior comodidade ao paciente. “Isso só é possível graças aos avanços na entrega de altas taxas de dose com precisão e segurança, disponibilizada pelo novo equipamento adquirido. Essa técnica consiste na emissão de feixes modulados de fótons de alta energia, que proporciona um tratamento mais rápido, reduzindo a probabilidade de movimentos fisiológicos e evitando a irradiação de órgãos sadios”, conclui Rebelo.

Benefícios da nova tecnologia

  • Radioterapia guiada por imagem, que pode ser baseada em imagens adquiridas com Cone Beam Computed Tomography (CBCT) para a verificação do posicionamento do paciente e a evolução do volume alvo do tratamento.
  • Maior segurança na entrega de dose de irradiação. Durante a fase de inspiração profunda (controle respiratório) há a entrega de dose do feixe de tratamento, o que ajuda a distanciar o feixe de órgãos adjacentes. Uma das indicações é para o tratamento de mama, onde, com a inspiração controlada, é possível distanciar o coração do feixe de irradiação.
  • Redução do número de sessões de tratamento do câncer de próstata.