Reunião de despedida

Uma reunião de horas no gabinete presidencial na noite da quarta-feira foi o tampo do caixão político, por ora, dos principais caciques do MDB e do País no atual cenário. Frente a um presidente Michel Temer inerte na poltrona, os ministro Moreira Franco, Eliseu Padilha, e os senadores Romero Jucá e Eunício Oliveira – presidente do Congresso Nacional – protagonizaram lamúrias sobre o resultado da eleição e se perguntaram o que será deles a partir de janeiro. Todos estarão sem mandato eleitoral. Todos são réus em processos da Lava Jato no STF. Temer é alvo da Polícia Federal no inquérito sobre suspeita de beneficiar empresa em decreto para o Porto de Santos.

Maioridade

Caso se eleja, Bolsonaro quer mostrar trabalho já em 2019 mexendo na Constituição: a redução da maioridade penal. Ele quer para 16; o grupo político fala em 17 anos.

Baixa gaúcha

PT e MDB tiveram baixa na Câmara Federal. Não se reelegeram Marco Maia (PT), ex-presidente da Casa, e Darcísio Perondi (MDB), da tropa de choque do partido.

Plumas ao alto

O ministro do STF Gilmar Mendes deve estar furioso. Foi atropelado por um desembargador federal que concedeu, primeiro, o HC ao tucano Marconi Perillo.

Sondagem jurídica

Uma reunião sigilosa na noite de quarta: o presidenciável Fernando Haddad (PT) baixou de jatinho em Brasília e foi para o apartamento do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, antecipou ontem a Coluna no site. Foi conversa sem promessas ou garantias. Fato é que Haddad quer usar o apoio moral de Barbosa, filiado ao PSB, para aparecer bem na fita. E convidá-lo para ministro da Justiça, se vencer.

Ministeriáveis

A ofensiva de Haddad é estratégica. Eliana Calmon, a baiana ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, pode surgir ministra da Justiça em eventual governo de Bolsonaro. O PSB, ao qual Barbosa é filiado, fechou com o  PT para o 2º turno. O ex-ministro, hoje advogado, chegou a figurar a lista de presidenciáveis, mas desistiu.

 

Não sou ele

A atitude de Haddad ao procurar o ex-ministro que foi o algoz do PT como relator da AP 470, o Mensalão do partido, também indica que Haddad quer mostrar ao povo que não é Lula. Tem ‘brilho’ próprio. A conferir.

Duas histórias

No DF, o caso de dois candidatos que disputaram a Câmara Legislativa: A senhora, desempregada, bolsista, trabalhou 18 horas por dia, e conseguiu 63 votos. Ele, servidor público da Câmara Federal, pegou 50 dias de folga, não saiu de casa, não fez campanha, e conseguiu 180 votos.

Um trocado

É troco esse processo no qual o ex-governador Marconi Perillo (GO) foi preso, investigado por suposta propina de R$ 12 milhões. Continua o mistério do decreto que assinou, como governador, na virada de 2014, no qual perdoou mais de R$ 1 bilhão em dívidas de ICMS da JBS ao Estado. Aquela empresa do gravador-geral Joesley Batista.

Demitidos do MTE

Os dois principais deputados do PTB suspeitos de fraudes no Ministério do Trabalho foram limados da Câmara Federal. Líder do PTB, Jovair Arantes (GO), que teve o gabinete vasculhado pela PF, não foi reeleito. Assim como Cristiane Brasil (RJ), filha de Roberto Jefferson, indicada (e barrada) para chefiar a pasta.

Prefeitáveis

O Recife não espera para passar à próxima eleição, a de prefeito em 2020. Já despontam os candidatos. Três do PSB: João Campos, o mais votado para a Câmara Federal, com 460.387 votos; Felipe Carreiras, com 114.268 votos também para Brasília; e a delegada Cleide Ângelo, a mais votada para deputada estadual, com 412.636 dos votos. Além de Marília Arraes (PT) que alcançou 193.108 votos para federal.

Aceno

Antes reticentes a qualquer aproximação com o PSDB, parlamentares petistas acenam com a possibilidade de se unirem aos tucanos para tentar vencer Bolsonaro no 2º turno. Eleita vice-governadora do Piauí, a senadora Regina Souza afirma à Coluna que não vê impedimentos para alianças “pontuais” PT-PSDB nos Estados.

MERCADO

Travou ..

A Suframa sofre pressão política para autorizar a Transire, fabricante da ‘moderninha’, máquina de pagamento com cartão, a ampliar sua fábrica em Manaus para dobrar a produção. O problema é que a empresa é investigada pela própria Suframa por suposta prática de concorrência desleal e descumprimento das normas da Zona Franca.

.. Sem sinal

Se for confirmada a suspeita de que a Transire não cumpre os requisitos legais para o aumento da planta industrial, a autorização não poderá ser concedida.

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