Maio 2021
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Maio 2021
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

A trajetória

Tudo começou em 2015, quando o sócio Gustavo Oliveira, filho de produtor rural e que cursava engenharia agronômica no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Itapina, comprou seu primeiro drone Phantom 3 por hobby, pois sempre gostou de tecnologia.  Com o tempo, o que era brincadeira, virou negócio. Vizinhos e amigos começaram a chamá-lo para fotografar casamentos, propriedades rurais e aniversários. Assim, ao perceber o potencial de negócio, Oliveira expandiu seus negócios, realizando mapeamentos para inventário florestal e monitoramento de lavouras.

O motivo principal do sucesso foi a ausência de empresas no mercado de drones com o objetivo de atender a agricultura. Além disso, ele buscou apoio dentro de sua instituição de ensino e descobriu que a Incubadora do Ifes Campus Itapina, focada em startups do agro, tinha um curso de capacitação chamado pré-incubação. A partir dessa experiência, ele percebeu que era hora de constituir uma empresa e buscar sócios para atender às demandas dos produtores rurais de sua região.

Diferenciais oferecidos

Inicialmente, o plano de negócio foi montado em direção ao mapeamento e monitoramento de lavouras, mas os sócios também perceberam que havia uma demanda muito grande para pulverizações via drone, devido à falta de mão de obra no campo. Apesar do alto custo inicial de aquisição de equipamentos, bastou uma pesquisa no mercado para que encontrassem um modelo na China que atendesse as necessidades e fosse de custo benefício para eles.

Por outro lado, não existiam pesquisas sobre eficiência da aplicação e a funcionalidade do drone em áreas de relevo acentuado, como é o caso das plantações de banana e café.  “A princípio, os produtores não acreditavam muito na solução e até levavam na brincadeira. Contudo, após dias de campo e demonstrações técnicas, conseguimos conscientizá-los sobre as vantagens de utilizar o drone para pulverização”, afirma Oliveira.

Hoje, o diferencial da startup consiste no custo baixo para suprir a falta de mão de obra em algumas regiões, diminuir o tempo gasto nas aplicações, minimizar o contato humano com os defensivos e ter melhor uniformidade na aplicação. Até mesmo os pecuaristas passaram a ser atendidos na área de pastagens, com limpeza e dessecação para plantio.

Como a startup reagiu à pandemia?

Em 2020, com a crise e a necessidade de seguir protocolos de saúde, houve escassez de trabalho no campo. Com isso, a tecnologia foi fundamental para a empresa que viu a demanda por seus serviços dobrar. Em contrapartida, a equipe também cresceu na mesma proporção.

Em números, a startup atende mais de 500 propriedades, desde pequenos produtores de café até grandes áreas de pastagem. “Atendemos produtores do ES, leste de Minas Gerais e do extremo sul baiano. Trabalhamos com a mais nova tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas em uma perspectiva promissora e futurista no mercado do agronegócio. E ver a confiança e alegria dos produtores em nos receber hoje, nos mostra que estamos no caminho certo” afirma um dos sócios, Wellington Piske.

Por fim, além de receber o apoio da Incubadora do Ifes campus Itapina e da Agência de Inovação do Ifes (Agifes), a empresa foi finalista do Programa Centelha do governo do estado. Em 2021, a meta é abrir turmas de formação de pilotos de drones, focados em agricultura, e expandir para novas regiões.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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