Maio 2021
18
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Conheça as principais empresas do agro na B3

1. BrasilAgro (AGRO3)

Com as principais atividades focadas em aquisição, desenvolvimento e comercialização de propriedades rurais, a BrasilAgro está entre as maiores empresas do país no agronegócio. Além disso, ela realiza investimentos em infraestrutura e tecnologia para o setor. Vale ressaltar que a BrasilAgro foi a primeira empresa do setor a abrir capital no Novo Mercado da B3 e a primeira do agronegócio listada na bolsa de valores de Nova York.

No mercado fracionário, também é possível adquirir papéis da BrasilAgro com o código AGRO3F.

2. SLC (SLCE3)

A SLC Agrícola, sediada em Santana, Porto Alegre, também é uma das líderes do agronegócio nacional. Atua, principalmente, com algodão, soja e milho e possui 16 fazendas localizadas em 6 estados do país, que totalizam cerca de 450 mil hectares. Vale destacar que o modelo de negócio se baseia em pilares como alta escala, padronização das unidades de produção, tecnologia de ponta, controle rigoroso dos custos e responsabilidade socioambiental. Por fim, a empresa também procura e faz a aquisição de terras com potencial produtivo, com o objetivo de vender esses espaços após a valorização.

3.  Pomi Frutas (FRTA3)

A Pomi Frutas, localizada em Fraiburgo, Santa Catarina, produz e comercializa maçãs in natura e processadas, sendo pioneira nesse negócio no Brasil. O produto da Pomi Frutas é encontrado em grandes redes varejistas nacionais e internacionais, indústria nacional e internacional e grandes distribuidores. A companhia afirma que possui capacidade de processamento em suas câmaras frigoríficas de até 40 mil toneladas de maçãs por ano. Desde o ano passado, a empresa passa por um processo de recuperação judicial.

4. Terra Santa (TESA3)

Com foco na produção de grãos e fibras, a Terra Santa Agro nasceu da incorporação de três empresas: Brasil Ecodiesel, Maeda Agroindustrial e Vanguarda Participações. O IPO ocorreu em novembro de 2006, a empresa possui sete unidades de produção localizadas no Mato Grosso, totalizando uma área sobre gestão de aproximadamente 133 mil hectares. Ao longo dos últimos anos, a empresa promoveu um plano continuado de desinvestimento em ativos ligados ao biodiesel, com o objetivo de concentrar a alocação de recursos em desenvolvimento da operação agrícola.

5. Biosev (BSEV3)

A atividade principal da empresa é o processamento de cana-de-açúcar, mas atua também com desenvolvimento de atividades agrícolas em terras próprias, além de geração e comercialização de energia. Iniciando suas atividades no ano de 2000, possui oito unidades agroindustriais em operação nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além de um terminal próprio no porto de Santos (SP). A companhia também tem capacidade anual de processamento 31,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

6. São Martinho (SMTO3)

A São Martinho S.A. é uma empresa do setor sucroenergético que possui capacidade aproximada de moagem de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O índice de mecanização de colheita é de 100% e a área agrícola chega a cerca de 300 mil hectares. A empresa, que ainda atua no ramo de geração de energia, tem uma capacidade de estocagem de 820 mil toneladas de açúcar e 700 mil metros cúbicos de etanol. Suas operações se concentram, principalmente, nos estados de São Paulo e Goiás. Por fim, também está no mercado fracionado (SMTO3F).

Uma tendência no setor?

“A última janela de juros baixos aliado ao caixa acumulado por muitas empresas, foi possível ver um movimento considerável de IPOs e fusões e aquisições. Com o setor agrícola não foi diferente: movido pelas altas no preço das commodities e das próprias terras. Podemos destacar o IPO da Boa Safra (SOJA3) também que foi um sucesso”, afirma Vinicius Torres, Portfolio Solutions da APX Investimentos e titular da coluna Mercado Diário.

Com a taxa Selic em patamares historicamente baixos e a expectativa de ciclo de alta das commodities, as empresas do agronegócio vem buscando novas formas de se financiar. Nesse sentido, há um grande potencial para entrada de empresas do segmento na bolsa de valores. Hoje, as ações do setor respondem por apenas 4% do volume negociado, enquanto têm mantido participação média em mais de 20% no PIB brasileiro nos últimos anos.

“Por outro lado, o ambiente de negócios continua movimentado. A SLC, por exemplo, fez uma oferta de R$ 753 milhões para incorporar a Terra Santa. Essas oportunidades vêm aparecendo no mercado como um todo. Temos empresas buscando o IPO para se capitalizar e também tentativas de fusões e aquisições para aquelas que já tem capital. Isso solidifica todo o mercado”, conclui.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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