Dez 2021
12
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Dez 2021
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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Histórico de produtores e excelência no cultivo de café

A história começa com a chegada dos bisavós de Eduardo ao estado, vindo da Itália. Lá em Castelo, junto de outros imigrantes, eles se tornaram pioneiros no cultivo de café, começando os trabalhos por volta de 1880. Ao longo das gerações, o principal negócio da família era plantar e vender o café para posteriormente ser beneficiado pelos compradores finais.

“Mesmo com o ótimo trabalho desenvolvido pela família, quando assumiu a propriedade, Eduardo sempre teve a mente inquieta, querendo sempre inovar. Foi então que, entre 2014 e 2015, concretizamos um sonho: começamos a beneficiar os cafés especiais na nossa terra, por meio da torrefação. Assim surgiu a Áurea Cafés”, disse Jaqueline a Agro Business.

O negócio se iniciou com três sócios além de Eduardo, que sempre esteve focado na produção e na qualidade dos grãos produzidos, tanto os verdes quanto os torrados. Com o tempo, o casal comprou a participação desses parceiros e, agora, tocam o negócio com Eduardo no controle de todo o processo produtivo e Jaqueline na parte administrativa e burocrática dos processos.

A partir desse movimento, ambos estão trabalhando na repaginação da marca, trabalhando em novas formas de alcançar outros mercados. Hoje, além de entregarem seus cafés no Espírito Santo, a Áurea Cafés chega ao Rio de Janeiro e também em São Paulo. “Em termos de mercado internacional, também atendemos a Austrália, Escócia e Chile”, ressaltou.

“Dentro dos clientes que atendemos tanto a nível nacional quanto fora, trabalhamos de acordo com a preferência deles. Oferecemos os cafés verdes para aqueles que querem seguir seus próprios processos de torrefação ou entregamos também os grãos já torrados”, acrescente Jaqueline.

Em termos de qualificação e conhecimento, o casal também vem alcançando bons resultados. Com a criação do negócio voltada para a exportação desde o início, após alguns anos de atuação no ramo, eles decidiram participar do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX-ES).

“A qualidade do nosso café já chamava atenção de consumidores no comércio externo e possibilitou que iniciássemos as exportações dos grãos, mas o que realmente estava faltando era um preparo mais específico para alcançar um público maior. As medidas sugeridas pelos técnicos do programa foram fundamentais, recebemos orientações de pesquisa de mercado, capacitações à exportação, marketing e logística, e estamos repaginando a marca”, disse.

Além disso, a Áurea Cafés já é reconhecida por alguns prêmios como: 12ª posição do concurso para o melhor café arábica no COY – COFFEE OF THE YEAR 2021, da Semana Internacional do Café; 4° lugar no concurso “Cup of Excellence Brazil 2020”; finalista no concurso “Micro-region Showcase Caparaó 2019”; finalista no 1° Destaque Brasil 2018; finalista no 16° concurso “Cup of Excellence 2015”; e finalista no prêmio da “Qualidade do Café das Montanhas do Espírito Santo 2004” pela Real Café e Ueshima Coffee Co (UCC).

Para o próximo ano, além de alcançar novos mercados, o objetivo é inovar com o agroturismo

Recentemente, ao participar de um projeto de turismo de experiência com o Sebrae-ES, o sítio contará com abertura a visitações, a partir de janeiro do ano que vem. “Queremos receber pessoas interessadas em conhecer todo o processo produtivo de cafés especiais, desde o plantio até a torra e a degustação. O objetivo é fazer com que os visitantes fiquem por dentro do que é o café especial e como é a rotina de um produtor”, acrescenta Jaqueline.

Em Castelo, esse movimento envolve cervejeiros, cafeterias e produtores, para convidar os capixabas a conhecerem os pontos fortes das montanhas do nosso estado.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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