A Fertilizantes Heringer – que tem 12 fábricas espalhadas pelo país, sendo uma delas em Viana, no Espírito Santo – encerrou o ano passado com prejuízo de R$ 150 milhões contra o lucro líquido de R$ 667 milhões registrado em 2021. Também houve redução de 5,8% no volume de vendas de fertilizantes, totalizando 1,405 mil toneladas entregues em 2022. As causas apontadas para o desempenho desfavorável foram a queda do mercado e o aumento da competitividade nas regiões de atuação da companhia. Confira outros resultados.
As entregas dos produtos considerados especiais também sofreram redução de 19%. A empresa também estima que o menor investimento em tecnologia pelo agricultor em função de piora na relação de troca nas principais culturas, em relação a períodos anteriores, prejudicou a captura do valor e, consequentemente, a performance de produtos com maior valor agregado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) passou de R$ 870 milhões positivos para R$ 26,2 milhões negativos entre um ano e outro. A companhia estima que a receita anual cresceu 32%, chegando a R$ 5,67 bilhões em 2022.
“Mesmo diante da redução do volume das entregas em 2022, a receita líquida atingiu o montante de R$ 5,6 bilhões, superior em 32% em relação a 2021, principalmente, por conta dos maiores preços praticados no primeiro trimestre do ano. O lucro bruto ficou em R$ 243 milhões, com margem bruta de 4,3%, menor em cerca de 76% quando comparado a 2021, que foi de R$ 999,3 milhões”, destacou Fernando Maeda, diretor de finanças da Heringer.
Segundo Maeda, o alto custo dos insumos, que formaram os estoques no segundo trimestre do ano passado, impactou negativamente as margens das entregas no segundo semestre.
“Lembrando que para efeitos de base comparativa o ano de 2021 foi o melhor ano histórico em termos de margens para a companhia”, disse Maeda.
A queda de 155,6% nas receitas operacionais líquidas de 2022, chegando a R$ 34,8 milhões já tem o ajuste proveniente das investigações de fraude, conforme fato relevante comunicado ao mercado em 23 de novembro de 2022.
As investigações apontaram valor negativo de R$ 50,7 milhões provenientes de pagamentos indevidos a fornecedores de serviços de manutenção.
Desta forma, 2022 encerrou com mais de R$ 150 milhões negativos, queda de 122,6% quando comparado a 2021, que foi de R$ 667 milhões positivos.
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