MCMV: manter contratações custaria R$ 18 bilhões

Luciene Araujo
MCMV TocantisMinha Casa, Minha Vida

500 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, bairro Colinas do Tocantins (TO). Foto: Agência Brasil

MCMV em ritmo mais lento em 2024? Provavelmente.

O programa Minha Casa, Minha Vida foi retomado como uma das bandeiras da nova administração. Porém, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê desacelerar o ritmo de novas contratações para o próximo ano. De antemão, para a faixa 1, que atende a famílias com renda de até R$ 2.640 em áreas urbanas.

MCMV

Na avaliação dos dirigentes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), somente para dar continuidade às obras que já estão sendo realizadas, é preciso um montante de cerca de R$ 9 bilhões de recursos. No entanto, para manter o nível atual de contratações, seriam necessários ter pelo menos R$ 18 bilhões reservados no Orçamento de 2024.

O presidente da entidade, Renato Correia, enfatiza que é bastante válido o MCMV custear uma faixa da população mais carente com recursos públicos. No entanto, esclarece que o setor precisa de maior previsibilidade de financiamento. Isso porque, nos últimos anos, as construtoras sofreram com a imprevisibilidade nos repasses diante de sucessivos cortes no orçamento do programa. Ou seja, um fato que amplia custos e tira atratividade da política.

A meta do atual governo federal é contratar 2 milhões de unidades habitacionais até 2026.


Com informações da CBIC

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.