Ago 2021
10
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

A trajetória e o que pensa Marcelo Ramos

Ramos é deputado federal de primeiro mandato, mas está na vida pública desde o início do século. Na juventude, foi presidente de grêmio estudantil e depois dirigente nacional da Juventude Socialista, tendo posteriormente passagens pelo PCdoB e pelo PSB, sendo foi deputado estadual pelo Amazonas por dois mandatos antes de chegar em Brasília.

No decorrer de sua trajetória, moderou gradualmente seu discurso. Antes próximo ao ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (Sem Partido/RJ), apoiou a candidatura de Arthur Lira (PP/AL) para a presidência da casa, e venceu a disputa para ser seu vice no início de 2021.

Reforma Tributária

É crítico da proposta de mudanças no imposto de renda, que está na pauta para ser votada nesta semana, e muito provavelmente será aprovada.

O projeto trata do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, e como termômetro a Câmara aprovou urgência na semana passada com 278 votos a favor e 158 contrários.

O parlamentar acredita que a proposta não resolve as principais complexidades do sistema tributário, e que ao invés desta, os esforços políticos deveriam concentrar-se em uma reforma tributária ampla, como a PEC 110 ou a PEC 45, que criam o IVA.

Reforma Administrativa

Apesar do passado socialista, Ramos possui uma postura predominantemente de apoio à agenda de reformas econômicas.

Ele foi o presidente da Comissão da reforma da previdência, a pauta mais importante do Congresso no início do governo Bolsonaro, e ajudou a conduzir os trabalhos de forma acelerada até a chegada desta ao plenário.

No tocante à reforma administrativa, o parlamentar amazonense acredita que esta deveria ser a grande prioridade do governo e do legislativo.

Voto impresso

Ramos é contrário à PEC do voto impresso, capitaneada por Bolsonaro, e acredita que a proposta será sumariamente derrotada quando for à votação no plenário.

Relação com Lira

Apesar de Arthur Lira ser mais governista, Ramos afirmou à coluna que as discordâncias de opiniões entre ambos são naturais e conhecidas antes de ambos assumirem o comando da casa. Ele admite que em algumas ocasiões há embates e tensões, especialmente quando considera que Lira assume créditos por trabalhos coletivos, mas garante que todas as divergências se dão de forma institucional. “Faz parte do jogo”, resumiu.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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