Abr 2022
28
Ana Porto
FINANÇAS DE A A Z

porAna Porto

Abr 2022
28
Ana Porto
FINANÇAS DE A A Z

porAna Porto

Quem empresta dinheiro é banco!

Com o surgimento do primeiro sistema bancário moderno na Itália de 1406, nasce também o moderno sistema de empréstimo. Os bancos sempre funcionaram de uma forma simples: pegam o dinheiro depositado pelos clientes e emprestam para outros cobrando uma taxa de juros.

Mas afinal, o que é o juros? É simples! Os juros nada mais são que a taxa cobrada para repor o valor do dinheiro no tempo e remunerar pelo risco a quem empresta. Quem nunca ouviu falar da inflação? A inflação geralmente está diretamente atrelada aos juros, por isso, já que com o passar do tempo, o dinheiro vai perdendo seu valor/poder de compra e você acaba precisando de mais dinheiro para comprar as mesmas coisas.

Mas porque não emprestar a amigos e familiares? Porque quando você empresta dinheiro a um conhecido, você o realiza de maneira informal, sem qualquer vinculação de contrato etc. Afinal, você só quer ajudar a pessoa que está te pedindo, e é exatamente aí que mora o perigo. Geralmente, a pessoa que toma esse tipo de crédito com conhecidos, já esgotou o crédito disponível nos bancos ou foram recusados na avaliação de riscos da instituição.

Em outras palavras: geralmente essa pessoa não é uma boa pagadora.

Se o banco, que é uma instituição voltada exclusivamente para o negócio de administrar dívidas, decidiu não emprestar dinheiro a alguém, há bons motivos para tal.

Muitas vezes esse tipo de empréstimo pessoal, não passa por qualquer crivo contratual, não tem uma taxa de juros definida (isto é, se for cobrada) e muito menos há compromisso de ambas as partes – tanto a tomadora, quanto a cobradora. Desta forma, esse tipo de negociação está fadada ao fracasso, tanto financeiro quanto no âmbito dos relacionamentos entre as partes, que podem acabar se desentendendo devido a problemas decorrentes do pagamento dessa dívida.

Quando quiser ajudar um conhecido ou familiar necessitado, opte sempre pela alternativa de não entregar dinheiro diretamente, mas sim, procure formas de ajudar fazendo uma compra de mercado, dando um presente e até mesmo ajudando essa pessoa a organizar suas finanças pessoais. Assim, você evita problemas que podem ser gerados pelo empréstimo pessoal, sem deixar de ajudar a pessoa.

Mas se essa não for uma opção, e você realmente quiser ajudar a pessoa financeiramente, procure por aplicativos de startups que oferecem a modalidade de empréstimo entre pessoas físicas, hoje em dia, até o conhecido PicPay oferece essa solução. Com ambos cadastrados na plataforma escolhida, fica a cargo da tecnologia embutida no aplicativo de fazer a análise de risco da operação, precificando de maneira mais adequada a taxa, datas de pagamento e o acompanhamento desta operação.

Todavia, sempre lembre da frase dita no início: “Quem empresta dinheiro a amigos, acaba sem dinheiro e sem amigos!”

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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