Vamos falar sobre fundos imobiliários que estão emitindo novas cotas ou realizando um IPO — Oferta Pública Inicial. Para isso, conversei com Tiago Reis, Chairman na Suno Research, e Vitor Duarte, gestor da Suno Asset sobre o novo fundo de fundos que a Suno Asset está estruturando. De maneira geral, os FIIs ganharam destaque, multiplicando por dez o número de investidores nos últimos três a quatro anos.
A Suno Asset está lançando o SNFF11, devendo começar as negociações em bolsa em 15 de maio, sendo que as reservas foram finalizadas no dia 26 de março. A gestora é parte do Grupo Suno, que possui outras iniciativas, como a Suno Research, Suno Consultoria, Suno Notícias e Suno índices.
Cada cota foi vendida por R$ 100, e os custos do FII são baixos, ficando em 1,7% a taxa de distribuição para entrar na oferta e 0,78% a taxa de administração, que é cobrada anualmente. Já a expectativa de rendimento do fundo por parte deles está em 0,8% no primeiro mês e 7,34% nos anos seguintes à emissão do fundo.
Além disso, o SNFF11 foi classificado como 100% fundo de fundos, isto é, sua composição é distribuída entre diversas classes de fundos, com ganhos em termos de diversificação. Entende-se haver uma gestão de qualidade por trás do fundo, contando ainda com o renome da Suno.
“Temos 70% da audiência dos investidores em fundos imobiliários na nossa estimativa, o que dá uma visibilidade muito grande aos produtos”, pontuou Tiago Reis, destacando a força e a credibilidade da marca no Brasil.
Outra oportunidade relevante é que algumas corretoras grandes não participaram da distribuição do fundo no momento inicial, ou seja, no IPO. Dessa forma, segundo ele, foi gerada uma demanda represada, a qual pode ocasionar em um volume relevante de aquisições quando as negociações iniciarem.
Ou seja, no curto prazo, o investidor deve se beneficiar do aumento de preço devido à demanda reprimida. Já no longo prazo, a habilidade da gestora deve surtir efeito nos resultados entregues pelo fundo.
O BCFF1, um dos fundos imobiliários mais reconhecidos no mercado, está com sua 10 ª emissão de cotas aberta, com oferta no valor de R$ 550 milhões, dos quais R$ 200 milhões já foram subscritos. Atualmente, cerca de 25% dos investidores de FIIs brasileiros possuem cotas do fundo, com R$ 2 bilhões sob gestão.
A gestora do fundo — BTG Pactual Gestora — recebeu o prêmio de melhor Gestor de Investimentos no Brasil, Chile e América Latina em 2017, além de Top Recomendação de Analistas em 2020.
Em sua última emissão, 64% do capital foi aplicado em ofertas restritas, que geralmente possuem taxas melhores do que o varejo. Da mesma forma, sua gestão ativa faz entradas estratégicas que beneficiam o investidor, sem falar da alta liquidez, já que o fundo negocia em média R$ 5,4 milhões por dia.
O dividend yield projetado para os próximos 12 meses é de 8%, acima da média de mercado de fundo de fundos, de 7,1%. Ainda, o fundo está desempenhando melhor do que o IFIX: enquanto o índice subiu 117% em 60 meses, o BCFF11 teve ganhos de 194%. Para os próximos meses, sua alocação estratégica para o momento atual deve auxiliar na permanência do bom desempenho.
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