Maio 2021
16
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Expertise no setor de infraestrutura

Nesta terça-feira (11), conversei com Suzana Vescovi, Investor Relations, e Marcelo Sandri, Equity research, ambos na Perfin Asset Management. A gestora é uma das que possuem maior destaque no Brasil quando o assunto é investimentos em infraestrutura, tendo iniciado suas atividades em 2007 e passado por vários ciclos e crises no país.

Vescovi explicou que, dentro dos investimentos em infraestrutura, há os projetos greenfields, que são aqueles onde a casa investe do zero, construindo toda a estrutura para atuação do empreendimento. Ela destacou que os projetos adquiridos nesta fase já estão praticamente prontos, quando será possível usufruir dos retornos.

Desde 2016, um boom tem se concretizado no setor, sendo uma “janela de oportunidades” que foi aproveitada pela Perfin. Isso se deu por meio de leilões de transmissão que estavam sendo negociados a um preço bastante atrativo no período devido ao momento de crise, principalmente levando em conta a natureza estável do setor.

Além disso, quando nos voltamos ao setor de saneamento, por exemplo, a recente aprovação do Marco do Saneamento pode beneficiar a atividade. De acordo com projeções do Goldman Sachs, o mercado de capitais deve captar R$ 500 bilhões, quadruplicando investimentos em saneamento.

Ainda, com a possibilidade de concessões para a iniciativa privada, estima-se um aumento do número de pessoas atingidas pelo serviço, aumentando a demanda. Nesse sentido, Sandri destacou que muitas destas empresas têm vindo ao mercado.

Entenda a dinâmica do setor energético

Em geral, a maioria dos players dentro do setor de infraestrutura fornece alta estabilidade e baixo risco para os investidores. “Temos a possibilidade de precificar o ativo de forma muito segura. Tendo em vista que a receita é previsível, é possível inferir quanto vai gerar de caixa ao longo do tempo”, afirmou Sandri.

O setor de energia, um dos mais trabalhados pela Perfin, é dividido em geração, transmissão e distribuição. As empresas que atuam na geração não foram demasiadamente afetadas durante a pandemia porque os contratos com as distribuidoras, em sua maioria, não foram quebrados. Já as empresas de transmissão, que transportam a energia da usina para o consumidor, são remuneradas de forma fixa, de modo que há uma receita anual permitida acordada previamente e corrigida pela inflação. Ou seja, a receita não oscila com o consumo, sendo estas empresas as mais seguras para se investir.

Por fim, as empresas que atuam na distribuição tendem a ser as mais afetadas. Durante a Covid-19, houve períodos em que foi proibido realizar cortes de energia, além de outras questões regulatórias. Aqui é onde está o maior risco para os investidores.

Vale ressaltar, porém, que a distribuição de dividendos não é regular como no caso dos fundos imobiliários porque, após contabilizados os lucros nas linhas de transmissão, há um prazo de até seis meses para repassar o valor aos investidores.

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Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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