Set 2021
5
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Tiago Pessotti
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porTiago Pessotti

Antes das ações, entenda o cenário

Sobre o atual cenário macroeconômico, Ribeiro disse que eles da gestora estão vendo uma forte recuperação das empresas listadas na bolsa. “Os shoppings já estão vendendo igual em 2019”, mencionou.

Apesar disso, o cenário político ainda é conturbado, o que tem atrapalhado o desempenho das ações.

Neste caso, ele destacou o risco eleitoral, tendo em vista que “política não se prevê”. Afinal, no período de eleições e até mesmo um pouco antes, os gastos do governo tendem a aumentar, além dos próprios riscos relacionados ao resultado das eleições. Assim, a volatilidade deve estar muito presente no mercado no próximo ano.

“Olhamos muito a qualidade do ativo, o retorno que achamos que aquele ativo vai ter, quanto ele tem de upside e a assimetria entre risco e retorno da operação”, destacou. Por fim, em relação às questões setoriais, destacou o varejo, além de outras teses mais estruturais.

Ações para ficar de olho

Uma das ações que ele destacou foi o Grupo Soma (SOMA3), que é detentor de marcas como Farm, Animale e Maria Filó. A tese que ele descreveu para o ativo foi de que com a retomada a empresa deve vender mais. E há um benchmark para esse movimento, pois ela tem filiais nos Estados Unidos: por lá o efeito foi exatamente esse, com as vendas aumentando em função de menos restrições.

Em relação às commodities, ele conta que ainda vê espaço, mas a gestora não tem posição no setor. Por exemplo, no caso do minério de ferro, no curto prazo as empresas “devem gerar muito caixa e pagar muitos dividendos”, tendo múltiplos baixos.

Mas ressaltou que não parece ter uma assimetria de valor muito grande nas commodities metálicas. No setor de petróleo, porém, eles veem os preços bem abaixo, com destaque para PetroRio (PRIO3), que se beneficia de um custo de extração muito baixo e do fato de ser uma empresa pequena, ou seja, com espaço para crescer.

Outra ação citada foi da rede de atacarejo Assaí (ASAI3), que depois de processo de cisão do grupo Pão de Açúcar (PCAR3), foi listada em bolsa em março deste ano. Ela tem “uma das melhores execuções da bolsa”, segundo Ribeiro. Além disso, está abrindo muitas lojas e seu P/L está por volta de 12x a 13x para o próximo ano. E mais: ela cresce cerca de 20% anualmente.

A Westwing (WEST3), listada em bolsa neste ano, também é uma ação para se manter no radar. Ela ainda não tem sido muito percebida pelo mercado, o que Ribeiro atribui ao fato de que muitas pessoas ainda não tiveram tempo de analisá-la por ter vindo de uma bateria de IPOs recentes.

Seu ramo de atuação é o de e-commerce de casa e decoração. “Na nossa opinião, ela é a empresa de tecnologia mais barata da bolsa”, destacou Ribeiro.

Por fim, mencionaram a tese de Mobly, que foi listada recentemente e ganhou espaço na venda de móveis online durante a pandemia.

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