Set 2021
30
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Fundamentos dos fundos de recebíveis

Os fundos de recebíveis, ou fundos de papel, são aqueles que investem em títulos dentro do setor imobiliário. Geralmente, eles são remunerados de acordo com o CDI ou outros indexadores de renda fixa, como a inflação (IPCA), por exemplo. Esta espécie de fundo investe em aplicações como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), emitidos por empresas não financeiras como forma de financiar atividades imobiliárias, além de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Hipotecárias (LH), entre outros.

Dessa forma, nos últimos anos alguns podem ter desempenhado um pouco abaixo em função das baixas taxas de juros, com a Selic atingindo 2% a.a. em agosto de 2020. Porém, com o início do ciclo de alta em março deste ano, sendo definida a taxa básica de juros na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em 6,25% a.a., e perspectivas de mais elevações até o fim do ano.

Com isso, no curto e no médio prazo, há perspectivas otimistas para os fundos de recebíveis, que tendem a ser beneficiados por estas elevações. Assim, há um potencial de elevação da taxa nominal de distribuição de rendimentos até o final do ano.

Entre as 10 maiores altas do IFIX, índice de referência para os fundos imobiliários, em agosto, 5 foram fundos de recebíveis.

Além disso, o segmento possui hoje o segundo maior dividend yield do IFIX, com uma taxa média de 10,9% ao ano, apenas atrás das agências bancárias, com 11,3%. Ainda, os rendimentos estão bem acima da média do índice, de 8,8% ao ano.

Em abril, o rendimento médio dos fundos de recebíveis inseridos no IFIX estava em 8,4%. Ou seja, o retorno já aumentou cerca de 30% até o momento, acompanhando a alta da Selic.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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