Taxa de desemprego atinge maior nível desde 2012
A pesquisa também apurou que o rendimento médio real do brasileiro (salário) ficou em R$ 1.863 — praticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado
O nível de desocupação no Brasil, que representa a taxa de desemprego no País, atingiu 8,1% no trimestre encerrado em maio, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (9).
O percentual indica uma escalada do desemprego iniciada em dezembro de 2014 e se trata do maior patamar para o desemprego no País desde março de 2012, quando o instituto começou a fazer a pesquisa.
O número que ilustra a situação do emprego nos meses de março, abril e maio ficou acima dos 7% registrados no mesmo trimestre de 2014 e também ultrapassou a taxa do trimestre terminado em fevereiro de 2015 (7,4%), há três meses.
A Pnad Contínua é feita com base em uma amostra de 211.344 domicílios particulares permanentes brasileiros distribuídos em cerca de 3.500 municípios de 20 regiões metropolitanas do País.
A pesquisa também apurou que o rendimento médio real do brasileiro (salário) ficou em R$ 1.863 — praticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.870) e do trimestre dezembro-fevereiro de 2015 (R$ 1.877).
Desemprego em números
No trimestre que terminou em maio, portanto considerando os meses de março, abril e maio, o Brasil tinha 8,2 milhões de pessoas desempregadas — bem acima dos 7,4 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro de 2015. Nessa comparação, houve um salto de 10,2%, ou seja, 756 mil pessoas a mais entre os desocupados.
Na comparação entre o trimestre encerrado em maio de 2015 e o mesmo período de 2014, a situação é mais dramática. São 1,3 milhão a mais de pessoas desocupadas (alta de 18,4%).
Por outro lado, havia 92,1 milhões de pessoas ocupadas no País no trimestre encerrado em maio — praticamente o mesmo patamar registrado no mesmo trimestre de 2014.